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"Você sabe o que eu quero dizer, não tá escrito nos outdoors. Por mais que a gente grite, o silêncio é sempre maior" (Engenheiros do Hawaii)

segunda-feira, 30 de março de 2009

Quem vive de passado

Rubinho comemora a dobradinha com Button: começo novinho em folha.
No mundo dos esportes, é comum alguns competidores assistirem a vídeos de performances dos adversários, para estudarem posturas, estratégias, e adaptarem sua atuação com base na dos outros. No Grande Prêmio da Austrália - o primeiro da temporada 2009 de Fórmula 1 - os pilotos deram a impressão de ter assistido a si mesmos, em busca de inspiração - ou aprendizado.

Desde 2004, a Williams deixou de figurar entre as grandes equipes. A quinta colocação de Nico Rosberg na largada - ele, que desde sua estreia em 2006, é uma promessa não-vingada - atraiu mais uma vez os holofotes para a escuderia britânica. O alemão chegou em sexto, mas parece ter algo para mostrar ainda esse ano - a exemplo de 2008.

No século XXI - e bem antes dele - a Mclaren sempre figurou como uma das grandes forças da Fórmula 1. Surpreendentemente, o novo carro da equipe se mostra mal nascido. Ainda assim, não é um monstro sem jeito. Muito graças a Lewis Hamilton - e sua sorte aliada ao talento. O atual campeão, largando em 18°, provou que 2008 lhe serve de parâmetro: chegou em 4° lugar, e herdou a terceira posição de Jarno Trulli, punido.

Para a Ferrari, lembrar de 2008 serviu para dividir os pilotos: Kimi Raikkönen vencera na mesma Austrália, e Felipe Massa abandonara. Kimi queria resgatar os sucessos; Massa, esquecer o fracasso. Não deu: ambos deixaram de completar a corrida.

Robert Kubica marcou presença na F-1 graças à regularidade e aos bons resultados, não pelo arrojo. Quando decidiu ousar, escolheu o momento errado: a 3 voltas do fim da prova, em terceiro - e bem mais rápido que Sebastian Vettel, o segundo - Kubica tentou uma ultrapassagem de risco. Resultado: Vettel deixou o carro espalhar na curva, e os dois perderam a chance de começar bem na luta pelo título. Mas restam 16 provas.

Para Rubens Barrichello e Jenson Button - da estreante-não-tão-nova Brawn Mercedes - recorrer à história foi bastante proveitoso. Haja estatísticas: 2004, última melhor posição de largada de Rubinho, o mesmo segundo lugar; 1999, última vez em que o brasileiro teve nas mãos um carro branco bom o suficiente para dar espetáculos; 2006, única vitória de Button na F-1, no GP da Hungria.

A Brawn também ganhou com isso: 1954, última vez em que uma equipe estreante - e de motor Mercedes - fez a dobradinha em um GP. Vitória de Button, com Barrichello em segundo - mesmo com péssima largada e problemas ao longo da prova.

A Brown tem 18 pontos, 12 a mais que a Mclaren, a vice-líder. Resultados impensáveis para a F-1 de 2008. Mas, como dissemos, a temporada anterior serviu de parâmetro para alguns. Outros querem redesenhar a história da categoria com tintas diferentes.


domingo, 15 de março de 2009

Jornalismo de terno e gravata

Blogueiro fala das suas expectativas e sensações sobre o bloco de Jornal Impresso do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Piauí
JustificarImagem meramente ilustrativa. Esse NÃO é o laboratório de jornal impresso da UFPI.

Depois de cursar seis blocos de Bacharelado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Piauí (sim, eu quis destacar esse fato), finalmente vou pagar uma parte das disciplinas de Jornal Impresso: Prática I - Jornal e Planejamento Gráfico e Editoração.

Muita gente pode amar radiojornalismo, temer o telejornalismo, mas o jornal, para mim, é a vedete do curso, com suas coxas roliças e bem torneadas à mostra. É a vitrine dos futuros jornalistas, a primeira oportunidade (pra quem segue o curso à risca) de mostrarmos nosso melhor para o resto do mundo. Tudo graças ao Calandragem, jornal-laboratório do nosso curso na UFPI.

Agora, serei vidraça. Lembro das vezes em que via alguns veteranos criticando as matérias, apontando erros de ortografia, de concordância, de diagramação, e aquilo me assustava um pouco. Por isso, pretendo produzir com muito zelo e atenção meus textos, e primar pela correção das informações (catando coisas pelo texto do projeto do Radiando).

Enquanto eu não cursava essas matérias, observei um pouco da rotina dos amigos e colegas de universidade (cheguei até a pedir que alguns autografassem as matérias...Quem lembra?). Vi estresses, tensões, correrias, sucessos, pessoas que se transformavam em jornalistas formados, enfim. Muitos com a certeza de que aquele era um passo importante para a própria carreira.

Minha demora foi providencial, porque pude sacar um pouco como eram as disciplinas, e já pegar algumas dicas (a maneira de enfatizar um fato, como eu fiz lá em cima, veio da Rosa, que ouviu de alguém. Obrigado.) . Não estou mais pronto do que ninguém, porém não vou chegar tão despreparado. Devo me prevenir para as descobertas e surpresas, todavia.

Confesso ter alguma dificuldade em escrever (não vos enganeis com este texto verborrágico, ó, meus irmãos.) . Acho complicado ordenar as ideias por escrito, saber o que é mais relevante, quem vem primeiro, quem vai depois.

Às vezes, não me reconheço naquilo que escrevo. Minha linguagem ainda carrega os traços mecânicos das redações do Ensino Médio. Quero aprender a escrever mais naturalmente, em tom de conversa, mas sem perder as formalidades jornalísticas necessárias.

Após todas essas ressalvas, só posso dizer que estou muito ansioso para fazer minha primeira matéria. Espero que este semestre seja bastante proveitoso, e que eu consiga me desenvolver ainda mais nesse curso no qual eu já montei foi na cacunda (te dolo, Jornalismo!).