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"Você sabe o que eu quero dizer, não tá escrito nos outdoors. Por mais que a gente grite, o silêncio é sempre maior" (Engenheiros do Hawaii)

terça-feira, 28 de abril de 2009

Ih, choveu!

A chuva do instante de agora

Veio dotada de forças descomunais:

Com um sopro levou a árvore da vida

De um homem que não queria mais.

Pois é, pessoal, essas são algumas imagens dos estragos que a chuva causou ontem em Teresina. E eu, que estava na parada da UFPI? Ainda bem que peguei o ônibus - um dos últimos da noite - a tempo (sendo que ele passou umas 18:00). Mas não sem consequências (fiquei igual a um pinto molhado).

P.S: Legendas retiradas da primeira estrofe de uma poesia que eu fiz há tempos. Profética?

P.S.2: É, Tamiris, fez falta uma câmera. Essas aí não retrataram boa parte do aguaceiro que presenciamos.

P.S. 3: Foto 1: cidadeverde.com; Fotos 2, 3 e 4: 180graus.com

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Defeitos de fabricação

Vettel com o dedo cortado após o GP da China: o novo homem que corre sobre a chuva.
Foto: G1/ Getty Images

Pelo menos nos últimos dois anos, o Grande Prêmio da China tem marcado a Fórmula 1 como um dos mais enfadonhos. Em 2007, o abandono de Alonso e Hamilton, ambos da Mclaren - e lutando pelo título - foi o que houve de mais emocionante. Em 2008, as posições se mantiveram praticamente inalteradas, e quem assistiu pela televisão teve de fazer um grande esforço para não cochilar - no ocidente, por exemplo, a prova é exibida entre 2 e 4 horas da manhã. 2009 serviu para confirmar a tese de que o circuito não é mesmo uma grande atração.

A chuva serve para tornar as provas imprevisíveis e mais disputadas. Mas em excesso, pode ser um inconveniente. Por causa dela, as sete voltas iniciais contaram com a presença do safety car, frustrando a expectativa dos fãs que queriam curtir a apreensão da largada. Além disso, os pilotos se esforçaram bastante para não sair da pista escorregadia. Robert Kubica (BMW-Sauber), por exemplo, não conseguiu segurar o carro, provocando um acidente com Jarno Trulli, da Toyota.

Só o desempenho espetacular de Sebastian Vettel fez a corrida valer a pena. O alemão da RBR se mostrou impassível diante do aguaceiro, e guiou seu carro como se estivesse andando em pista seca. É a segunda vez que ele faz isso na breve carreira de 29 GPs - e a segunda vez em que vence.

O mais incrível é que até um piloto do nível de Rubens Barrichello - conhecido por ser um especialista na chuva - cometeu deslizes em asfalto molhado, mas Vettel pareceu nem se importar com esta adversidade. Nasce um novo homem que corre sobre a chuva, e a comparação com o brasileiro Ayrton Senna é inevitável.

Antes do julgamento de 14 de abril - em que a FIA deu parecer favorável ao uso de difusores nos carros da Fórmula 1 - algumas equipes, como Mclaren, Ferrari e BMW-Sauber, e pilotos como o bicampeão Fernando Alonso, reclamaram que a peça desigualava a competição, pois Brawn GP, Toyota e Williams estavam muito superiores ao restante das escuderias, graças ao equipamento. A RBR, que não usa difusor, além de ganhar com Vettel, ficou em segundo lugar com Mark Webber, fechando uma dobradinha histórica.

Jenson Button (Brawn) - que quase era tido como desempregado a poucos dias do início do campeonato - é o líder da competição, com 21 pontos, seis a mais que Rubinho, seu companheiro de equipe - e quase aposentado por alguns. Vettel, terceiro colocado da temporada, com 10 pontos - e ele deixou de ser promessa para figurar entre os grandes nomes do esporte - corre na RBR, antes intermediária, hoje grande na Fórmula 1.

Isso prova que, na atual fase da categoria, não é uma peça que define os rumos de tudo, e ser uma marca de peso já não ajuda tanto; é preciso esforço e competência para vencer.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Garotos, Interrompidos

Pilotos e equipes aguardando o reinício da prova: espetáculo pela metade.
Foto: G1


A chuva, a pouca luz e uma opção mercadológica inconveniente fizeram terminar precocemente uma das melhores corridas da Fórmula 1 de todos os tempos. Clareando: o horário escolhido para o Grande Prêmio da Malásia de 2009 (17h) favoreceu a redes de televisão de boa parte da Europa, mas também é o período no qual mais ocorrem chuvas em Sepang. Além disso, por ser fim de tarde, havia um grande risco de o GP terminar à noite, e o circuito não possui iluminação artificial.

Essa combinação poderia interferir no bom andamento da prova. E deu certo: com 33 voltas - e quase uma hora de paralisação - os comissários decidiram encerrar a segunda etapa do Campeonato 2009 de F-1.

Antes do fim, assistiu-se a um grandioso show: desde as excelentes largadas de Alonso (Renault), Barrichello (Brawn) e Rosberg (Williams) - este último assumiu a liderança já na primeira curva - passando pelo ziguezague do mesmo Alonso com Mark Webber (RBR), ambos alternando posições em uma disputa clássica, e fechando com uma nova ultrapassagem de Vettel (RBR) sobre a antes onipotente Mclaren de Hamilton (veja mini post a respeito).

Tivemos também o abandono instantâneo de Kovalainen (Mclaren), a quebra do apagado Kubica (BMW), e algumas derrapadas de pilotos reaprendendo a dirigir - entre eles o duas vezes mencionado Fernando Alonso, que, além de ter adoecido durante a semana, mostra algum desconforto com a nova estrutura dos carros.

Pouco depois da volta 18, a bela apresentação cedeu lugar à loteria: a previsão de chuva se confirmara. Os pilotos precisaram visitar os boxes com uma incômoda frequência, ora para colocar pneus de chuva forte - o que, no caso de Kimi Raikkönen, por exemplo, foi prejudicial - ora para usar pneus intermediários. O excesso de pit stops, no entanto, não se mostrou determinante para o resultado da prova; o momento de parar é que pesou.

Jenson Button (Brawn), o "vencedor" - nas condições em que a prova terminou - somou quatro paradas, contra apenas uma de Nick Heidfeld (BMW-Sauber), valendo dizer que Heidfeld foi exceção. Timo Glock (Toyota) ficou em terceiro, seguido por seu companheiro Jarno Trulli. Completando a pontuação: Barrichello, Webber, Hamilton e Rosberg.

Um detalhe curioso: como o GP terminou com menos de 75% do total de voltas - isso não ocorria desde 1991 - os pilotos receberam apenas metade dos pontos. Com isso, Button lidera o campeonato com duas vitórias e 15 pontos, tendo Rubinho na vice-liderança, com 10, Jarno Trulli (3°) com 8,5 , Timo Glock com 8, Nick Heidfeld e Fernando Alonso com 4, Rosberg com 3 e Sebastien Buemi (STR) com 2 pontos.

O GP da Malásia foi encerrado antes de apagarem as luzes. Mas deixou uma pequena mostra de quão surpreendente e disputada será a Temporada 2009 da Fórmula 1.

Deu Zebra

Maior Abandonado

Lewis Hamilton sofre as consequências de Ron Dennis ter saído da chefia da Mclaren. O carro está bastante inferior ao de 2008, há duas provas ele larga fora das 10 primeiras posições, e ainda recebe punições pelos deslizes cometidos. Como o "padrinho" faz falta...

De Malas Prontas?

Os atuais incidentes permitiram que setores da imprensa cogitassem a aposentadoria de Lewis. Uma "brincadeira" de 1° de abril colocava o piloto britânico na Brawn Mercedes. Talvez hoje ele queira que esse último fato vire verdade...

Marte Ataca?

Felipe Massa disse que "os carros da Brawn são de outro planeta". Pelo menos Toyota e Williams mostram que poem encarar a disputa com a equipe de Button e Barrichello. Estará a F-1 sendo invadida por alienígenas?

Fiel Escudeiro

Vale lembrar que, não por acaso, Brawn, Toyota e Williams são as três equipes acusadas de usar equipamento irregular - os tais difusores.

Interferências

Se o julgamento de Paris (dia 14 de abril) sobre o uso de difusores for favorável às três equipes mencionadas, é melhor Felipe Massa e a Ferrari perceberem que há pessoas vibrando em outras frequências na F-1. A escuderia italiana, ao subestimar os tempos da primeira rodada de classificações (Q1) para o GP da Malásia - fazendo Massa largar em 16° - parece acreditar que os resultados de 2008 permitem-na esnobar os rivais...