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"Você sabe o que eu quero dizer, não tá escrito nos outdoors. Por mais que a gente grite, o silêncio é sempre maior" (Engenheiros do Hawaii)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Carrossel Animado

Sarney, o mágico: "Nada nesta mão, nem nesta, pode olhar!"
Foto: G1

Qual o erro da frase abaixo?

"Em 55 anos de Congresso, nunca cometi um ato de nepotismo ou apadrinhamento". (José Sarney, explicando que não tinha nada a ver com algumas nomeações de funcionários no Senado)

a) Não é possível que em 55 anos ele NUNCA tenha cometido um ato de apadrinhamento.

b) Ele NUNCA fez isso? Pois tá perdendo tempo, todo mundo já fez...

c) Nos 55 anos de Congresso, estão incluídos os de Presidente da República? Ipod acumular?

d) 55 anos de serviços prestados? E não aposentaram compulsoriamente? É UM ERRO!

e) "a", "c" e "d" tem seu quê de verdade, mas francamente...


Eita, eita...E o pior é ver que ele tem guarda-costas (!) como Collor (OMG!) e Renan Calheiros (whattaf...).

domingo, 2 de agosto de 2009

O fim de uma procura

(Essa eu tinha que registrar no blog, no Orkut, onde quer que fosse. Só eu tenho noção do quanto essa busca me deixou inquieto).

Ontem de madrugada, acordei no meio da noite, e não consegui voltar a dormir. Culpa de uma leve indigestão, adquirida no aniversário de uma tia (e tome feijoada!). Zapeando os canais, resolvi parar no Altas Horas, e ouvi esta música de Túlio Dek, "O que se leva da vida":



Precisei dos primeiros quinze segundos de música para apurar o ouvido e perceber que conhecia aqueles acordes de algum lugar. Aumentei o volume. Eu conhecia mesmo! Era de uma daquelas músicas que você sabe que já ouviu naqueles programas estilo "Segredos de Amor", voltando pra casa a bordo de um Rodoviária Circular I, gosta muito, mas não sabe de quem é.

Foi no site de Túlio Dek que tive uma das revelações musicais que mais me perturbavam o juízo: pra mim, é muito chato gostar a lot de uma música, mas ter que esperar o acaso para ouvi-la. Isso acabou. Com você, Tracy Chapman, cantando Fast Car, de 1988!:



Fica a dica: a melhor versão é essa aqui, acústica.

Letra aqui, tradução aqui.

Pra minha surpresa, Tracy Chapman é uma mulher. Já ganhou Grammy e tudo. Essa música que eu postei é muito bonita, mas a mais conhecida dela certamente é Baby Can I Hold You:



Curios@ em saber mais? Acesse a wikipédia e o site oficial de Tracy Chapman.

sábado, 1 de agosto de 2009

Entressafra

Hamilton, o vencedor do GP da Hungria: evolução silenciosa.
Foto: globoesporte.com

A Fórmula 1 está de férias até a terceira semana de agosto, quando retorna com o Grande Prêmio da Europa, disputado em Valência, Espanha. O último GP antes do recesso, o da Hungria, deixa algumas impressões que podem definir o campeonato:

- A evolução silenciosa da Mclaren atingiu seu apogeu em Hungaroring, com a vitória de Lewis Hamilton. No entanto, o que a equipe conseguir de vantagens nessa temporada se deverá muito ao talento do piloto inglês, pois Heikki Kovalainen nem de longe acompanha o desempenho de Lewis.

- Por falar em evolução silenciosa, Nico Rosberg tem carregado a Williams nas costas em 2009: com atuações que o afastam do rótulo de "Príncipe da Sexta-Feira", ele já é o quarto colocado no campeonato, atrás apenas de Brawns e RBRs. Méritos somente dele.

- A Ferrari também ressuscitou. Apesar do acidente, Felipe Massa vinha num ritmo forte de treinos, que poderia se refletir em uma boa corrida. Kimi Raikkonen fez sua performance mais agressiva na temporada 2009, e chegou em segundo. Se mantiver o ritmo, uma vitória do finlandês ainda este ano não será surpreendente.

- Brawn e RBR são mesmo as grandes forças da temporada. A escuderia britânica, porém, mostra sinais de desgaste, e mesmo os "novos pacotes aerodinâmicos" (mudanças sutis que são implantadas a cada corrida) não fazem frente à superioridade da equipe das bebidas energéticas. Jenson Button realmente precisou daquele ponto usurpado de Rubens Barrichello na Alemanha, e, caso não reaja, verá outro "piloto de meia-idade", Mark Webber, ganhar o campeonato.

- Na RBR, Mark Webber confirma que a regularidade ainda serve para lutar por um título mundial. Menos ousado do que seu companheiro de equipe, Sebastian Vettel, ele percebe a superioridade momentânea do carro que tem em mãos, e faz bom uso disso. Chegou em terceiro na Hungria, e reduziu para 18,5 pontos a diferença em relação a Button.

- A BMW-Sauber anunciou que vai sair da F-1 em 2010. Os resultados na pista, entretanto, já indicavam a queda surpreendente da equipe. Heidfeld deve ir para a geladeira, e Kubica, para uma escuderia menor.

- Outra que deve seguir o mesmo caminho é a Toyota. Desde que entrou na Fórmula 1, nunca conseguiu resultados de destaque, e sempre trouxe pilotos inexpressivos, como Alan Mcnish, Cristiano da Matta e Timo Glock (que já ganhou a GP2, mas não obteve êxito em duas tentativas na F1).

Valencia e Spa-Francorchamps, as duas provas seguintes, têm estilos diferentes de pilotagem: a primeira é circuito de rua, travada (e bastante enfadonha); a outra, coloca os pilotos no limite da velocidade, e é uma das preferidas dos competidores. Quem se sair bem nesses GPs fica com grandes chances de levar a taça de campeão, como bem lembrou Reginaldo Leme, da Globo. Dia 23 de agosto essas previsões começam a ser testadas. Aguarde!

P.S: Michael Schumacher está de volta às pistas.Podem dizer que ele não vai ter essa foooooorça toda, mas depois de mais um retorno admirável de Ronaldinho Fenômeno, eu não duvido de nada...


terça-feira, 28 de julho de 2009

Dialojar tudo bem, mas isso...

Clique na foto abaixo (porque o blogueiro não sabia como aumentar pra que você visse diretamente no blog). Notou alguma coisa -q (claro que notou, eu marquei de propósito...):


Existe uma prática de publicidade na Internet que consiste em colocar, numa página, anúncios de produtos pertinentes com o tema da matéria. Por exemplo, numa matéria sobre futebol, logo relacionam propagandas de chuteiras, bolas, camisas oficiais e etc (quem souber o nome desta prática, por favor, me diga). Então, aí eu vou e digo "ah bom, nada de anormal o anúncio dessa clínica numa página falando da Playboy da Priscila"? É, deve ser isso mesmo...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Baixou o jurista

Meu tempo, quando está relativamente ocioso, se ocupa de coisas inúteis que eu posto no blog altamente relevantes. Passando os olhos por vários (único que eu li) portais de notícias, eis que encontro esta notícia:


Ráaaaaaaaaa, meu amigo, aí baixou o estudante de Direito. Lá fui eu procurar na nossa (?) velha (??) amiga (???) Constituição Federal, o artigo relativo à acumulação de cargos na Administração Pública. Acompanhe no detalhe:

Art. 37, XVI, CF: é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos privativos de médico;

d) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

Então, disso eu concluí que não são só os profissionais de saúde que podem acumular cargos públicos (se bem que o Procurador-Geral do Estado fala de vencimentos, e quem sou eu pra discordar do que o homem fala?), e que o que o Secretário de Educação (municipal/estadual? Insira aqui outra opção) Washington Bonfim falou, significa que ...hã..., porque professores podem acumular contra(-?) cheques, desde que os dois sejam de professores.

Mas vão analisar caso a caso, seguindo a orientação do Procurador-Geral do Estado. Ainda bem...

P.S: Essa vai pra série "o que você tem a ver com isso, Jijandré?"


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Campeões de Audiência - Parte 23

Almoçando quarta-feira, dia 14 de julho, no Favorito Pop (vulgo Restaurante Popular Herbert de Sou[z]sa), vi um cara a cara de um cara muito famoso (não sei porque cargas d´água) nos anos sei lá quando.

Cheguei na Universidade Estadual do Piauí, no meio daquelas conversas super legais e instrutivas (porque são super legais e instrutivas) com a galera felizem (Ceres e Naara OLHEM O BLOG DA NAARA! O único que tem FELIPE, FELIPE MASSA, ÉEEEEEEEEEEEEEEEEEE DO BRASIL, SIL!!! http://naarac.blogspot.com/), aí olhei pra Naara e comentei o que tinha acontecido comigo de manhã: que tinha visto o tal cara a cara do cara lá.

Já chega de mistério besta bem aqui, né não? Eu disse: "Naara, vi um cara a cara do He-Man". Falei do He-Man porque achei que ela não fosse associar o nome que eu realmente pensei. Corrigi a informação: "Não, era a cara do Richard Clayderman"(de onde diabos veio esse cara?). Aí ela: "Caraaaca! Tu lembrou dele bem porque tua mãe é fã do Richard, né? Tua casa cheia de CDs dele, e tal." Fiz logo uma cara de "putz, como é que ela sabe disso?". Ao que ela emendou: "Mamãe também é fã, menino"! LOL LOL LOL LOL LOL

Fui resolver o mistério: Richard Clayderman é o nome artístico de Philippe Pagès, um pianista francês (sempre jurei que ele fosse alemão) de 55 anos, 32 deles de carreira. É um Wolfgang Amadeus Mozart do século XX: aos 6 anos (assim como o Mozart), o cara já lia partituras de maneira precisa. Aos 12, entrou para um conservatório de música, e aos 16 já era premiado (qualquer semelhança com o texto chupinhado da Wikipédia não é mera coincidência).

Lançou X CDs, couro LPs, e em 2002 (apenas em 2002) se apresentou pela primeira vez no Brasil (ele fez outro show por aqui em setembro de 2008). Sua música mais famosa (e é?) é Ballade pour Adeline, de 1976, que você confere agora:



Agora, o que eu quero entender é: como foi que esse cara ganhou fama no Brasil, a ponto de a minha mãe e a mãe da Naara terem comprado tantos CDs (a mamãe tinha bem uns cinco)? Será que fizeram com ele o mesmo que fazem com o André Rieu-who? Anunciavam o LP dele durante as propagandas da novela? E por que será que eu me lembro desse cara? Nem gostava de ouvir os CDs da mamãe...
P.S. desmancha-post: Descobri, aqui em Piripiri (porque estou escrevendo esse post de Piripiri), que minha mãe sequer lembra da existência de algum CD do Richard Clayderman lá em casa. Quem foi que descobriu esse CD? Mistéeeeerio...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Leões e Cordeiros

Mark Webber, vencedor do GP da Alemanha: o dia da caça.
Foto: F1 Around

Durante a era Schumacher, a Fórmula 1 deixou de ser um esporte para se transformar em acordo de compadres. O domínio absoluto da Ferrari fez das outras equipes, coadjuvantes, e o único capaz de bater o alemão era seu companheiro de equipe, Rubens Barrichello. Infelizmente, a escuderia italiana nunca deu essa chance a Rubinho. No Grande Prêmio da Alemanha de 2009, em Nürburgring, mudaram alguns elementos, mas a história se repetiu. Para o bem da categoria, ainda existe a RBR para reacender a disputa, a rivalidade tão necessária para qualquer esporte.

Mark Webber venceu a prova de maneira incontestável. O australiano - apelidado ao longo da carreira de "leão de treinos", porque só conseguia se dar bem na classificação para as corridas - demonstrou uma garra surpreendente na Alemanha. Defendeu a primeira posição com agressividade, jogando o carro para cima de Rubinho (Brawn GP), logo na largada - e por isso foi punido com um drive through.

Ainda assim, valeu-se de uma pilotagem sem erros, de um RBR em constante desenvolvimento e de uma boa estratégia de pit stops para reassumir a liderança, alcançando o lugar mais alto do pódio. Irretocável.

Falando em leões, outro que teve uma performance brilhante foi Nico Rosberg, da Williams. O "príncipe da sexta-feira" (chamado assim devido aos bons resultados nos treinos livres de algumas provas na temporada) ganhou 11 posições ao longo do GP, terminando em quarto lugar. Felipe Massa também teve um desempenho admirável, colocando a Ferrari em terceiro, o primeiro pódio dele no ano.

A Brawn GP reuniu elementos suficientes para representar a ruptura com o modelo covarde da Ferrari de se fazer uma estratégia. De equipe quase extinta, com pilotos à beira do esquecimento, a Brawn passou a ser favorita ao título, bem distante dos rivais. Mesmo com a grande vantagem de Jenson Button para Rubinho, ambos tinham carros em iguais condições de brigar pelo campeonato, e logo viraram exemplos de competência e superação.

Porém, a equipe inglesa preferiu repetir as práticas condenáveis da "fase de ouro" da Ferrari - não por acaso, Ross Brawn também era o chefe da equipe italiana: o lobo da vez é Button, que deixou de ser o projeto de campeão simpático, para falar mais do que correr. Valeu-se abertamente da tática de Rubinho durante o treino oficial de sábado - ele esperou para ver como seria o desempenho do brasileiro na terceira parte da classificação - e do "jogo de equipes" de Ross.

Chegou em sexto, com uma atuação bastante inferior às que tem apresentado na temporada. O inglês soma 67 pontos, 21 a mais que o vice-líder, Sebastian Vettel - o alemão, aliás, chegou em segundo, com uma atuação discretíssima. Mas há muito campeonato pela frente.

Cordeiro mesmo, só Rubinho, bem melhor que Jenson nesse final de semana: a cautela o impediu de sair da corrida logo na primeira curva; a Brawn, porém, tratou de colocá-lo onde achava devido, como fiel escudeiro. Um erro durante seu pit stop, os pneus que não atingiram a temperatura ideal, e a troca forjada de posições entre ele e Button terminaram de manchar a participação da equipe em Nürburgring. O brasileiro chegou em sétimo, e caiu para quarto no campeonato.

Um ponto faz toda a diferença ao fim de uma temporada: Räikkonen, em 2007, e Hamilton, em 2008, mostraram isso. O finlandês até foi ajudado por Felipe quando ganhou seu título, mas fez por merecer, assim como Hamilton. Não pegou bem para a Brawn.

A RBR pode não ser o novo padrão de F-1, nem Sebastian Vettel ou Mark Webber exemplos de pilotos humildes - Webber, aliás, já pensa grande. E nem é isso que se espera deles. O que se quer é ver uma disputa honesta, com ambos tendo chances de vencer, e de ofuscar o domínio de uma equipe só. O espectador agradece.

sábado, 11 de julho de 2009

Limpando as teias

Nossa, como faz teeeeeeeeempo que eu não posto nada! Aqui no blog, já tive minha fase cult, inocente, post!post!post!, madura, podre, podréerrima, e ausente. Isso não vai mudar, mas eu preciso me estimular a escrever mais, a criar mais. Se bem que, né, criatividade agora, pra quê? Enfim, isso é informação pra um outro post. Deixa eu postar meu vídeo de hoje.

Meu irmão, que já podia se considerar um jornalista (affe, pra quê essas alfinetadas gratuitas?) deixou essa preciosidade no meu Orkut. Em tempos de Twitter (e eu não consigo me acostumar com a dinamicidade desse bicho), é raro receber alguma coisa pelo já-não-tão-usado-site-de-relacionamentos. Mas vejam só que beleza (e nos primeiros segundos você confirma que eu realmente adoooooooooouro coisas bizarras):



Levada legal, né? Lembrei bastante das coisas nonsense do Quentin Tarantino. A cena faz parte do filme Gumnaan, de 1965, by Bollywood. Na verdade, é uma cena desse filme que eu falei inserida em outro, Ghost World. Valeu a pena, né?


sexta-feira, 1 de maio de 2009

Street Fighters

Neo e Smith? Branca (Suzana Vieira) e Izabel (Cássia Kiss) em Por Amor? Goku e Freeza em Dragon Ball? Esqueça! O maior duelo dos últimos tempos da última semana se deu numa seara (expressão erudita que o blogueiro usa pra mostrar que é cult) incomum: no Supremo Tribunal Federal.

Quem acompanha o STF com frequência, que nem eu (trecho desnecessário pro blogueiro mostrar a versatilidade...aham), e até quem não segue o órgão máximo em termos de Poder Judiciário no Brasil, ficou INSHOK com o grande debate jurídico dos ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa.

Ih, perdeu? Cabelincolheu! Mas Traços Esparsos traz pra você, em mãos, um trecho da refrega (mais uma expressão totalmente desprovida de relevância prática, mas a ocasião permite que retiremos do baú coisas assim, não é verdade.).





Pesquisando esse vídeo, vi que a desavença entre os dois não é de hoje, ó só:



Eu sei que você cansou de ver vídeos. Mas aí eu tenho que fazer minha homenagem ao fato. Trilha sonora dos rounds:

terça-feira, 28 de abril de 2009

Ih, choveu!

A chuva do instante de agora

Veio dotada de forças descomunais:

Com um sopro levou a árvore da vida

De um homem que não queria mais.

Pois é, pessoal, essas são algumas imagens dos estragos que a chuva causou ontem em Teresina. E eu, que estava na parada da UFPI? Ainda bem que peguei o ônibus - um dos últimos da noite - a tempo (sendo que ele passou umas 18:00). Mas não sem consequências (fiquei igual a um pinto molhado).

P.S: Legendas retiradas da primeira estrofe de uma poesia que eu fiz há tempos. Profética?

P.S.2: É, Tamiris, fez falta uma câmera. Essas aí não retrataram boa parte do aguaceiro que presenciamos.

P.S. 3: Foto 1: cidadeverde.com; Fotos 2, 3 e 4: 180graus.com

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Defeitos de fabricação

Vettel com o dedo cortado após o GP da China: o novo homem que corre sobre a chuva.
Foto: G1/ Getty Images

Pelo menos nos últimos dois anos, o Grande Prêmio da China tem marcado a Fórmula 1 como um dos mais enfadonhos. Em 2007, o abandono de Alonso e Hamilton, ambos da Mclaren - e lutando pelo título - foi o que houve de mais emocionante. Em 2008, as posições se mantiveram praticamente inalteradas, e quem assistiu pela televisão teve de fazer um grande esforço para não cochilar - no ocidente, por exemplo, a prova é exibida entre 2 e 4 horas da manhã. 2009 serviu para confirmar a tese de que o circuito não é mesmo uma grande atração.

A chuva serve para tornar as provas imprevisíveis e mais disputadas. Mas em excesso, pode ser um inconveniente. Por causa dela, as sete voltas iniciais contaram com a presença do safety car, frustrando a expectativa dos fãs que queriam curtir a apreensão da largada. Além disso, os pilotos se esforçaram bastante para não sair da pista escorregadia. Robert Kubica (BMW-Sauber), por exemplo, não conseguiu segurar o carro, provocando um acidente com Jarno Trulli, da Toyota.

Só o desempenho espetacular de Sebastian Vettel fez a corrida valer a pena. O alemão da RBR se mostrou impassível diante do aguaceiro, e guiou seu carro como se estivesse andando em pista seca. É a segunda vez que ele faz isso na breve carreira de 29 GPs - e a segunda vez em que vence.

O mais incrível é que até um piloto do nível de Rubens Barrichello - conhecido por ser um especialista na chuva - cometeu deslizes em asfalto molhado, mas Vettel pareceu nem se importar com esta adversidade. Nasce um novo homem que corre sobre a chuva, e a comparação com o brasileiro Ayrton Senna é inevitável.

Antes do julgamento de 14 de abril - em que a FIA deu parecer favorável ao uso de difusores nos carros da Fórmula 1 - algumas equipes, como Mclaren, Ferrari e BMW-Sauber, e pilotos como o bicampeão Fernando Alonso, reclamaram que a peça desigualava a competição, pois Brawn GP, Toyota e Williams estavam muito superiores ao restante das escuderias, graças ao equipamento. A RBR, que não usa difusor, além de ganhar com Vettel, ficou em segundo lugar com Mark Webber, fechando uma dobradinha histórica.

Jenson Button (Brawn) - que quase era tido como desempregado a poucos dias do início do campeonato - é o líder da competição, com 21 pontos, seis a mais que Rubinho, seu companheiro de equipe - e quase aposentado por alguns. Vettel, terceiro colocado da temporada, com 10 pontos - e ele deixou de ser promessa para figurar entre os grandes nomes do esporte - corre na RBR, antes intermediária, hoje grande na Fórmula 1.

Isso prova que, na atual fase da categoria, não é uma peça que define os rumos de tudo, e ser uma marca de peso já não ajuda tanto; é preciso esforço e competência para vencer.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Garotos, Interrompidos

Pilotos e equipes aguardando o reinício da prova: espetáculo pela metade.
Foto: G1


A chuva, a pouca luz e uma opção mercadológica inconveniente fizeram terminar precocemente uma das melhores corridas da Fórmula 1 de todos os tempos. Clareando: o horário escolhido para o Grande Prêmio da Malásia de 2009 (17h) favoreceu a redes de televisão de boa parte da Europa, mas também é o período no qual mais ocorrem chuvas em Sepang. Além disso, por ser fim de tarde, havia um grande risco de o GP terminar à noite, e o circuito não possui iluminação artificial.

Essa combinação poderia interferir no bom andamento da prova. E deu certo: com 33 voltas - e quase uma hora de paralisação - os comissários decidiram encerrar a segunda etapa do Campeonato 2009 de F-1.

Antes do fim, assistiu-se a um grandioso show: desde as excelentes largadas de Alonso (Renault), Barrichello (Brawn) e Rosberg (Williams) - este último assumiu a liderança já na primeira curva - passando pelo ziguezague do mesmo Alonso com Mark Webber (RBR), ambos alternando posições em uma disputa clássica, e fechando com uma nova ultrapassagem de Vettel (RBR) sobre a antes onipotente Mclaren de Hamilton (veja mini post a respeito).

Tivemos também o abandono instantâneo de Kovalainen (Mclaren), a quebra do apagado Kubica (BMW), e algumas derrapadas de pilotos reaprendendo a dirigir - entre eles o duas vezes mencionado Fernando Alonso, que, além de ter adoecido durante a semana, mostra algum desconforto com a nova estrutura dos carros.

Pouco depois da volta 18, a bela apresentação cedeu lugar à loteria: a previsão de chuva se confirmara. Os pilotos precisaram visitar os boxes com uma incômoda frequência, ora para colocar pneus de chuva forte - o que, no caso de Kimi Raikkönen, por exemplo, foi prejudicial - ora para usar pneus intermediários. O excesso de pit stops, no entanto, não se mostrou determinante para o resultado da prova; o momento de parar é que pesou.

Jenson Button (Brawn), o "vencedor" - nas condições em que a prova terminou - somou quatro paradas, contra apenas uma de Nick Heidfeld (BMW-Sauber), valendo dizer que Heidfeld foi exceção. Timo Glock (Toyota) ficou em terceiro, seguido por seu companheiro Jarno Trulli. Completando a pontuação: Barrichello, Webber, Hamilton e Rosberg.

Um detalhe curioso: como o GP terminou com menos de 75% do total de voltas - isso não ocorria desde 1991 - os pilotos receberam apenas metade dos pontos. Com isso, Button lidera o campeonato com duas vitórias e 15 pontos, tendo Rubinho na vice-liderança, com 10, Jarno Trulli (3°) com 8,5 , Timo Glock com 8, Nick Heidfeld e Fernando Alonso com 4, Rosberg com 3 e Sebastien Buemi (STR) com 2 pontos.

O GP da Malásia foi encerrado antes de apagarem as luzes. Mas deixou uma pequena mostra de quão surpreendente e disputada será a Temporada 2009 da Fórmula 1.

Deu Zebra

Maior Abandonado

Lewis Hamilton sofre as consequências de Ron Dennis ter saído da chefia da Mclaren. O carro está bastante inferior ao de 2008, há duas provas ele larga fora das 10 primeiras posições, e ainda recebe punições pelos deslizes cometidos. Como o "padrinho" faz falta...

De Malas Prontas?

Os atuais incidentes permitiram que setores da imprensa cogitassem a aposentadoria de Lewis. Uma "brincadeira" de 1° de abril colocava o piloto britânico na Brawn Mercedes. Talvez hoje ele queira que esse último fato vire verdade...

Marte Ataca?

Felipe Massa disse que "os carros da Brawn são de outro planeta". Pelo menos Toyota e Williams mostram que poem encarar a disputa com a equipe de Button e Barrichello. Estará a F-1 sendo invadida por alienígenas?

Fiel Escudeiro

Vale lembrar que, não por acaso, Brawn, Toyota e Williams são as três equipes acusadas de usar equipamento irregular - os tais difusores.

Interferências

Se o julgamento de Paris (dia 14 de abril) sobre o uso de difusores for favorável às três equipes mencionadas, é melhor Felipe Massa e a Ferrari perceberem que há pessoas vibrando em outras frequências na F-1. A escuderia italiana, ao subestimar os tempos da primeira rodada de classificações (Q1) para o GP da Malásia - fazendo Massa largar em 16° - parece acreditar que os resultados de 2008 permitem-na esnobar os rivais...

segunda-feira, 30 de março de 2009

Quem vive de passado

Rubinho comemora a dobradinha com Button: começo novinho em folha.
No mundo dos esportes, é comum alguns competidores assistirem a vídeos de performances dos adversários, para estudarem posturas, estratégias, e adaptarem sua atuação com base na dos outros. No Grande Prêmio da Austrália - o primeiro da temporada 2009 de Fórmula 1 - os pilotos deram a impressão de ter assistido a si mesmos, em busca de inspiração - ou aprendizado.

Desde 2004, a Williams deixou de figurar entre as grandes equipes. A quinta colocação de Nico Rosberg na largada - ele, que desde sua estreia em 2006, é uma promessa não-vingada - atraiu mais uma vez os holofotes para a escuderia britânica. O alemão chegou em sexto, mas parece ter algo para mostrar ainda esse ano - a exemplo de 2008.

No século XXI - e bem antes dele - a Mclaren sempre figurou como uma das grandes forças da Fórmula 1. Surpreendentemente, o novo carro da equipe se mostra mal nascido. Ainda assim, não é um monstro sem jeito. Muito graças a Lewis Hamilton - e sua sorte aliada ao talento. O atual campeão, largando em 18°, provou que 2008 lhe serve de parâmetro: chegou em 4° lugar, e herdou a terceira posição de Jarno Trulli, punido.

Para a Ferrari, lembrar de 2008 serviu para dividir os pilotos: Kimi Raikkönen vencera na mesma Austrália, e Felipe Massa abandonara. Kimi queria resgatar os sucessos; Massa, esquecer o fracasso. Não deu: ambos deixaram de completar a corrida.

Robert Kubica marcou presença na F-1 graças à regularidade e aos bons resultados, não pelo arrojo. Quando decidiu ousar, escolheu o momento errado: a 3 voltas do fim da prova, em terceiro - e bem mais rápido que Sebastian Vettel, o segundo - Kubica tentou uma ultrapassagem de risco. Resultado: Vettel deixou o carro espalhar na curva, e os dois perderam a chance de começar bem na luta pelo título. Mas restam 16 provas.

Para Rubens Barrichello e Jenson Button - da estreante-não-tão-nova Brawn Mercedes - recorrer à história foi bastante proveitoso. Haja estatísticas: 2004, última melhor posição de largada de Rubinho, o mesmo segundo lugar; 1999, última vez em que o brasileiro teve nas mãos um carro branco bom o suficiente para dar espetáculos; 2006, única vitória de Button na F-1, no GP da Hungria.

A Brawn também ganhou com isso: 1954, última vez em que uma equipe estreante - e de motor Mercedes - fez a dobradinha em um GP. Vitória de Button, com Barrichello em segundo - mesmo com péssima largada e problemas ao longo da prova.

A Brown tem 18 pontos, 12 a mais que a Mclaren, a vice-líder. Resultados impensáveis para a F-1 de 2008. Mas, como dissemos, a temporada anterior serviu de parâmetro para alguns. Outros querem redesenhar a história da categoria com tintas diferentes.


domingo, 15 de março de 2009

Jornalismo de terno e gravata

Blogueiro fala das suas expectativas e sensações sobre o bloco de Jornal Impresso do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Piauí
JustificarImagem meramente ilustrativa. Esse NÃO é o laboratório de jornal impresso da UFPI.

Depois de cursar seis blocos de Bacharelado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Piauí (sim, eu quis destacar esse fato), finalmente vou pagar uma parte das disciplinas de Jornal Impresso: Prática I - Jornal e Planejamento Gráfico e Editoração.

Muita gente pode amar radiojornalismo, temer o telejornalismo, mas o jornal, para mim, é a vedete do curso, com suas coxas roliças e bem torneadas à mostra. É a vitrine dos futuros jornalistas, a primeira oportunidade (pra quem segue o curso à risca) de mostrarmos nosso melhor para o resto do mundo. Tudo graças ao Calandragem, jornal-laboratório do nosso curso na UFPI.

Agora, serei vidraça. Lembro das vezes em que via alguns veteranos criticando as matérias, apontando erros de ortografia, de concordância, de diagramação, e aquilo me assustava um pouco. Por isso, pretendo produzir com muito zelo e atenção meus textos, e primar pela correção das informações (catando coisas pelo texto do projeto do Radiando).

Enquanto eu não cursava essas matérias, observei um pouco da rotina dos amigos e colegas de universidade (cheguei até a pedir que alguns autografassem as matérias...Quem lembra?). Vi estresses, tensões, correrias, sucessos, pessoas que se transformavam em jornalistas formados, enfim. Muitos com a certeza de que aquele era um passo importante para a própria carreira.

Minha demora foi providencial, porque pude sacar um pouco como eram as disciplinas, e já pegar algumas dicas (a maneira de enfatizar um fato, como eu fiz lá em cima, veio da Rosa, que ouviu de alguém. Obrigado.) . Não estou mais pronto do que ninguém, porém não vou chegar tão despreparado. Devo me prevenir para as descobertas e surpresas, todavia.

Confesso ter alguma dificuldade em escrever (não vos enganeis com este texto verborrágico, ó, meus irmãos.) . Acho complicado ordenar as ideias por escrito, saber o que é mais relevante, quem vem primeiro, quem vai depois.

Às vezes, não me reconheço naquilo que escrevo. Minha linguagem ainda carrega os traços mecânicos das redações do Ensino Médio. Quero aprender a escrever mais naturalmente, em tom de conversa, mas sem perder as formalidades jornalísticas necessárias.

Após todas essas ressalvas, só posso dizer que estou muito ansioso para fazer minha primeira matéria. Espero que este semestre seja bastante proveitoso, e que eu consiga me desenvolver ainda mais nesse curso no qual eu já montei foi na cacunda (te dolo, Jornalismo!).

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Pedaços de Nada - Parte 5

Imagine acordar se sentindo a melhor e mais importante pessoa da face da Terra. Sentir que o mundo cabe em uma colher de chá, que nada tem um limite, que tudo é possível. Descobrir que não existem fronteiras postas ao pensamento, para que se sonhe uma maneira de dar jeito nos problemas da vida.

Ora, vamos, ponha-se no seu lugar...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Preço Promocional

É muito fácil comprar a nova fase de Franz Ferdinand em Tonight, novo álbum da banda


A batida da música eletrônica tem presença garantida em boa da parte das produções do pop-rock contemporâneo - que retomam muito do rock dos anos 1980. Em maior ou menor grau, as bandas do estilo acrescentam esse toque às suas composições. Com Tonight: Franz Ferdinand, a banda escocesa mostra que se agarrou de vez a essa tendência.

Tonight está pronto para invadir a boate. Extremamente dançante, não fica devendo, por exemplo, diante dos papas do novo electropop, o duo francês Justice. Confira a descrição faixa a faixa:

 - Ulysses, o primeiro single, chega sorrateiro, se esgueirando como quem nada quer. Quando você dá fé, já está pulando e cantando "Lalalalala, Ulysses, I found a new way, I found a new way".

 - Turn It On nem é das melhores, mas serve pra esquentar o clima antes da Tela de Sucessos do SBT balada.

 - No you Girls lembra Kaiser Chiefs MESMO, viu? (não me pergunte que músicas, mas lembra) Tudo bem, perdoe. Ainda tem muita coisa boa pela frente.

 - Send Him Away é traiçoeira: de início, parece ser apenas um rock comum; de repente, vem aquela reviravolta, e aí você só quer saber de juntar a galera e fazer trenzinho. E vai trenzinho, e vai trenzinho, palma, palma, hey!, hey!

 - Twilight Omens é a primeira viagem DE VERDADE do álbum. Daqueles hinos de chegar na festa cantando em coro. Nem é tão dançante, mas pode te levar às alturas. "Twilight Omens in my life" já virou meu mantra de 2009. Perfeita.

 - Bite Hard e What She Came For são aquelas músicas que você queria pra ir ao balcão da boate, pedir uma bebida lato sensu (estudante de Direito é phoda, viu?) e descansar um pouco: vai valer a pena.

 - Live Alone tem o poder hipnótico de fazer seu corpo agitar sozinho, e o som saltitante do baixo reconduz você à pista.

 - Prepare sua dancinha mais ridícula! Chegou Can´t Stop Feeling! A mais música eletrônica do álbum. Haja garganta pra gritar "Anymooooore, anymoooooore!".

 - Lucid Dreams é daquelas músicas que os gênios do synth pop e electropop dos anos 1980 - como Alphaville, Depeche Mode e New Order - bateriam e palmas e diriam: "Parabéns, vocês aprenderam a lição direitinho". Psicodelia total. E aqui eu me lembro da expressão "onipotentes sintetizadores" que eu li numa resenha da Folhateen sobre o álbum.

Cansado? Nem eu. Mas pode ir para os travesseiros verde neon do espaço lounge (vamos fingir que estamos numa badalada balada?) ouvir relaxado Dream Again e a suave Katherine Kiss Me. Pronto! Agora, pode ir embora, e até o próximo espetáculo de Franz Ferdinand.  

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Quem quer fazer dois anos de blog?


Hoje vai ser uma festa?

Há dois anos, comecei a dar expediente por aqui. Não sei se consegui meu objetivo com o blog, que era de fazer uma coisa mais séria, mais formal, mais cult, ora diabos! Mas gosto do que eu escrevo hoje. Tosquices, tosquices, e eventualmente aqui e acolá uma coisinha séria pra quebrar o gelo ( e chocar alguns leitores, 180º que me espere). 

Aí, né, pra não me sentir sozinho e ter o que escrever , fui procurar três aniversariantes do dia, e três gentes que completam anos de alguma coisa hoje, e três factos históricos, ó cá:

 - Em 10 de fevereiro de 1963, Kitakyushu recebeu o título de cidade;

 - Em 1980, O Partido dos Trabalhadores, vulgo PT, foi fundado (sabia que ia ter alguma merda coisa espetacular acontecendo hoje...);

 - Em 1993, Michael Jackson deu uma entrevista à Oprah Winfrey, sendo visto por mais de 100 milhões de pessoas. Foi o quarto evento mais assistido da história da televisão mundial;

Na data, nasceram:

 - Henri Castelli (1978);

 - Cauby Peixoto (1931);

 - Bertold Brecht (1898 - 1956) (aham, sooo uncult);

Também num dia de hoje, morreram:

 -  Sofia Vasilyevna Kovalevskaja, matemática russa;

 - Marcel Mauss, sociólogo francês;

 - Montesquieu, O Montesquieu (nem precisa explicar).

Pois é, gente, é isso. Enquanto a cabeça estiver fervilhando idéias, cá estarei eu, atualizando essa página. Porque, como eu disse na primeira e mal feitinha postagem, parafraseando Irandé Antunes, "Sejam palavras bonitas ou sejam palavras feias; seja mentira ou sejam verdade, ou sejam verdades meias; são sempre muito importantes as coisas que a gente escreve".

P.S: Escrevi o post pensando que tava fazendo três anos, mas eram só dois.

Fala sério, Jandré, essa nem eu conseguia..rãrã

Mas todo mundo dizendo "Parabéns, Traços Esparsos!" nos coments, ok?



segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O Curioso Caso de Andy Milonakis


Fala a verdade: não parece com o Faustão?

Imagine ter 33 anos e um corpo e uma voz de um adolescente de 15 anos ou menos. O americano com descendência grega Andy Milonakis não precisa imaginar. Portador de uma insuficiência hormonal congênita, o humorista da MTV faz disso um meio de vida, e não um motivo de pena.

Eu pensava que ele era um pirralho gringo que fazia piadas para encher o saco, altamente sem graça. Mas não é só isso. Andy também é rapper e, com o dinheiro que recebe, mantém uma fundação que criou para ajudar pessoas portadoras de sua mesma disfunção. Além disso, doa dinheiro à Fundação Ronald Mcdonald.

Agora, vamos ao motivo do post: apesar do exemplo de vida, o programa é péssimo. Eu, que gosto de coisas bizarras e trash, não senti vergonha alheia. Senti um desconforto muito grande. As esquetes que ele produz, quando não beiram ao altamente sem graça, são desrespeitosas e humilhantes. 

Em uma das cenas, ele brinca com a comida enquanto o entregador assiste a tudo, claramente chateado com a situação. Aliás, é isso que ele faz de melhor.

É muito bom ver pessoas como ele com essa preocupação com a sociedade, e acho legal que programas assim tenham sucesso, se é por uma boa causa. Mas fiquei com a dúvida: quem dá audiência àquilo? Não entendo como a MTV consegue abrigar em sua grade programas tão bons quanto os do Marcelo Adnet, e importa uma coisa tão ruim como é O Show de Andy Milonakis. 

Uma amostra de Andy Milonakis:






sábado, 7 de fevereiro de 2009

Coisas que descobri assistindo à MTV

Todo mundo descobriu alguma coisa com alguma coisa que fez. Eu não podia ser diferente, então lá vai. Olha o que resultou da minha experiência com a MTV:

 - Como amar e odiar uma música em uma semana (Hot´n´Cold, Katy Perry).

 - Como odiar ainda mais uma música em uma semana (Ainda Gosto Dela, Skank).

- Como uma sequência de músicas podem me fazer viajar para um tempo bom (Raimundos³, Blink 182>Nirvana>Bon Jovi).

 - Como ter vontade de ler Crepúsculo só de ouvir a música-tema do filme (Paramore - Decode).

 - Altas doses de NX Zero deixaram a dúvida: será que eu sou emo e não sei?

 - Mais ainda: NX Zero é ruim porque é emo, sofre preconceito ou é o som que não presta e eu não sei? Porque pra mim eles são uns singlemakers, mas o álbum todo....é fraco.

 - Preciso revisitar meu Myspace. The Twelves não estão facilmente localizáveis no Orkut.

 - Penélope Nova: apesar da gritaria, gostei da espontaneidade (excessiva) e do jeito dinâmico de apresentar.

 - Decadence avec ellegance: Lobão é apresentador da eme tê vê (e não êm tí ví).

 - João Gordo e Ratinho: separados por uma briga com Dado Dolabella. Ambos péssimos.

 - Mallu Magalhães está prestes a se tornar a estrela mais onipotente, onipresente, onisciente e Ônix Jeans do pop brasileiro. Dois programas com ela em uma semana?

 - Em uma semana, MTV manipulou meu cérebro (sinto saudades snif snif).


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Marca Inesquecível 2009

Ainda sobre Simões: assim como Toddynho está para achocolatado líquido, Nescau para chocolate em pó e Orkut para sítio de relacionamentos (apesar das vozes em contorário, neste último caso), descobri naquela cidade um nome de marca que, se fosse de Teresina, já teria projeção estadual, quiçá nacional. 

É um termo muito simples, mas a forma, ah, a forma é tudo, ó, meus irmãos [anadisco mode on/]. Se eu encontrasse uma camisa com esse nome, eu comprava. Se não, mandaria fazer (tô até pensando nisso, pra receber um processo por plágio...). Liguem-se nesta marca:

CERVEJARIA PHARELLO

Quem teve a insanamente genial idéia de escrever essa palavra desse modo? E quem, mais insano do que eu e o dono da cervejaria, achou isso genial?

ESCLARECIMENTO: PHARELLO também é marca de um restaurante em Gravataí, no Rio Grande do Sul, de Bar em São Bernardo do Campo, e por aí vai. (ó o preço do processo bem aqui).

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Sentimentos de um estrangeiro


FOTO NÃO DISPONÍVEL

Um lugar onde o centro comercial se concentra ao redor de uma praça; farmácias não são apenas farmácias, mas também são sorveterias e locadoras de DVDs; cervejas são servidas de trás pra frente (da mais quente pra mais gelada); celulares servem de despertador, agenda, relógio, menos como celulares (mas isso vai mudar, em breve); um lugar onde existem pessoas que, a despeito de lutarem pelo seu sustento, lutam também para desenvolver a cidade.

Esta é Simões do Piauí, sul profundo do Estado, onde passei uma boa semana. Lá, estava escrito na minha testa: "turista". Aquela sensação de ser observado o tempo todo era mania de perseguição constante.

Não sei se por preguiça (gastei muitas horas deitado num sofá onde, além de ver muita MTV, rascunhei este texto) ou introspecção (tímido de costume?), pouco interagi com os moradores (salvo uns coleguinhas pentelhos que tocavam o interfone pra encher o saco motherf.. aham).

Ainda assim, me senti tão bem, um interior sossegado do jeito que eu gosto. Bom para relaxar e refletir sobre a vida.

(Aqui, abro esses parênteses para agradecer à Dona Dorinha, que levava meu almoço. Muito gente boa. Obrigado e fecha parênteses).

Sim, eu fui tratado como um princeso. Mas não é bom a gente ir pra um lugar e ser bem tratado a pão-de-ló que nem jumento? Eu gosto. E gostei de Simões. Espero voltar.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Protestantismo

Nos blogs...


Ela chegou! A reforma ortográfica já é uma realidade. Mas relaxai! Li dizerem que a mudança só afetou 2% do nosso vasto acervo vovocabular. Agora, é hora de algumas despedidas: tchau, pára-quedas! Falou, lingüiça! (de hoje em diante, blogueiros como eu só vão encher linguiça).


Sinceramente, às muitas vezes não entendo o que o Môllir/Millôr Fernandes diz em seus textos na Veja, mas fico com uma citação dele: "Tão mexendo na tua língua. Quer dizer, na escrita, porque na língua falada e na outra, a propriamente dita, felizmente eles não conseguem mexer". Ainda bem.

Em todo caso, seje bem-vinda?/benvinda?/bem vinda?/bemvinda?(não, certeza que essa última não é), reforma! (tô vendo que vou ter que pegar a boa e nova gramática pra [re]aprender português...)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

História de perna longa

Uma das maiores pendengas e querelas metodológicas ocupa a mente de gente que nem eu que não tem o que fazer e vai assistir ao Vídeo Show, com seu quadro Video Gamevários internautas recentemente. Blogs, Yahoo! Respostas, até o Twitter, todos se incomodaram com isso. Assistindo ao quadro Video Game, do Video Show, reparamos que ao final do programa aparece a seguinte mensagem:

"ESCLARECIMENTO: A música 'O Coelhinho' é de autoria de Duhilia Frazão Guimarães Madeira".

Primeiro, eu pensei que se tratava de uma piadinha nonsense, bem ao estilo cult, experimental e pseudo-intelectual. Depois, vendo alguns debates, comecei a pensar que foi uma punição que a Globo recebeu depois de ter perdido um processo judicial, pelo uso indevido da música. O fato é que a maior ? que ficou foi: qualé a músicam, oÊ?

Youtube é uma mãe na roda, mesmo. Ó cá:



Se não deu pra entender esse vídeo (eu mesmo não entendi) tentem ouvir a música nesse endereço aqui ("O Coelhinho 2").

Muita coisa pra fazer da vida mesmo, ein, seu Jandré?

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Algumas considerações de quem ainda não viu o Caminho das Índias

- Márcio Garcia é mocinho. Acho tosco, porque ele é melhor ao estilo michê em Celebridade do que mocinho. Nasceu pra ser mau.

- Letícia Sabatella é vilã. Tenho raiva, porque ela vai fazer o pior tipo de vilã: a sonsa.

- Alexandre Borges sem escrúpulos? Essa eu pago pra ver.

- José de Abreu é um ator do tipo mim usa mim abusa. Que visual é esse?

- Juliana Paes tem tudo pra fugir do estereótipo sou-atriz-porque-tenho-bunda-e-peito. Ou não.

- Tony Ramos cheio de preconceitos acoplados? Podia ser um vilão, mas vai ser só um chato mesmo.

- Quero ouvir Chayya Chayya Bollywood Joint na trilha sonora.

- Tão querendo emplacar o Rodrigo Lombardi como projeto de ora vilão, ora mocinho na Globo, que nem fizeram com o gracénha do Carmo Malla Vecchia. Senão vejamos.

- Mim segura que o Caio Bleargh tá nessa novela? Ser ator é, antes de tudo, uma política. Quem lembra da polêmica dele com o Manoel Carlos?(tá, é a Glória Perez que tá escrevendo essa, mas eu pensei que, cult, experimental e pseudo-intelectual do jeito que ele posa, ia se revoltar com as novelas/noveleir@s de um modo geral)

Férias tão chegando preu acompanhar essa nova TEMDEMSIA da grade global. Que, ao que tudo indica, vai levar Slumdog Millionaire junto.


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Frankenstein Júnior

Sábado assisti no Altas Horas, pela primeira vez, a uma apresentação da banda Nove Mil Anjos. Foi tosco. Não sei que influências aqueles caras têm, mas certamente não são das melhores.

Individualmente, a gente percebe que cada um deles têm uma coisa legal pra mostrar. Champignon, ex-Charlie Brown Jr., é um dos melhores baixistas do Brasil, na minha opinião. Júnior Lima - sim, ele tem existência independente - se mostra um baterista competente e empolgado - mas duvide de uma banda em que o baterista quer aparecer mais do que o restante.

Peri Carpigiani, o vocalista, ex-Fuga-who, dá vergonha alheia com suas performances, mas talvez até segure as pontas. O tal do Peu, ex-Pitty, tinha umas tiradas bacanas como guitarrista da cantora baiana.

Agora, junte todos esses pedaços em Nove Mil Anjos, e o resultado é o monstro que você confere nesses dois vídeos:


Visionário:



Chuva Agora:



Alguém reparou na cara do integrante do Sr. Chinarro, outra banda que tava lá, nesse último vídeo?

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Campeões de Audiência - Parte 22

Loucura! Loucura! Loucura! 2009 chegou chegando cheio de novidades, mas Traços Esparsos é fiel às tradições. E nem poderia ser diferente. Voltamos com Campeões de Audiência! (ow, vantagem!)

10000 Maniacs é uma banda norte-americana de 1981. Jurando a Wikipédia que eles ainda estão ativos. Nem tem ninguém que eu conheça muito conhecido. Mas em 1997 teve um de seus sucessos mais expressivos lançados, More Than This, que você confere agora:



Tô com a profunda impressão de que ali por volta de 1996, 1997, marcou minha vida profundamente. Ainda me lembro de tanta coisa!

P.S: Sou só eu ou quando ela diz "More Than This" parece ela dizendo "Mói de Chifre"?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Do nada

Los Hermanos em um dos últimos shows antes do "recesso".
Foto: G1

Los Hermanos podem voltar à ativa em março, pra abrir o show do Radiohead (e uma amiga me perguntou se eu não queria ir. Porque eu não vou mesmo.) Sinceramente, eu, como fã da banda, me senti meio paia com esse marketing de retorno.

Certo, eles, dizem alguns, foram um dos primeiros caras que foram "surpreendidos" com um álbum seu vazado na Internet, em 2003 (marketing número 1, ou seja. Quem acredita que os álbuns são vazados sem o consentimento de alguém ligado às bandas?).

Quando o Youtube já bombava, em vez de solicitarem a desativação da incorporação dos vídeos em blogs e afins, eles disponibilizavam os vídeos mais fodões e os áudios mais plus de músicas das apresentações.

Diziam-se avessos à divulgação de massa (leia televisão aberta, porque quer mais massa que a Internet?), nas entrevistas são bastante evasivos e misteriosos - para uns, um sinal de timidez e de provocação de debates sobre as respostas deles, para outros, um sinal de pedantismo e descaso - mas conseguiram reunir uma legião de seguidores, alguns beirando a alienação (eu mesmo já perdi as contas de quantas vezes ouvi músicas, assisti a vídeos e li, reli e treli coisas sobre eles).

Exatamente por isso, lembro de uma entrevista em que Rodrigo Amarante (hoje com a também ótima Little Joy), um dos músicos do Los Hermanos, disse que "achava muito esquisito ver aquelas bandas que lançaram álbuns e mais álbuns antigamente e, muito tempo depois, voltavam lançando acústicos com os grandes sucessos". Para ele, aquilo significava falta de renovação, estratégia mercadológica, e tudo mais.

Hoje, Los Hermanos, em mais uma estratégia de marketing, não se pronunciam sobre o assunto, mas tendem a voltar, depois de já terem lançado dois álbuns com os grandes sucessos, e após um "hiato por tempo indeterminado" (ou acaba ou não acaba. Nada de deixar implícito). Já gostei muito deles, sei a maioria das músicas de cor e salteado duas vezes, entendo um pouco da história deles. Mas pra mim, eles começam do zero.

Lógico que os hermaníacos de plantão não vão deixar um dos maiores fenômenos indie-Brasil dos anos 2000 darem uma de iniciantes, já vão ter público cativo. Mas o que passou, passou. Vão ter que mostrar muito gás e algo novo pra me convencerem. Serão, guardadas as devidas proporções, como uma banda de garagem sem gravadora. Surpreendam-me, Hermanos.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Evidente?

Eu também, Regina, eu também... >.<

- Em 1° de outubro de 2001 (menos de um mês depois dos ataques do 11 de setembro), Glória Perez lançou O Clone, tratando do mundo muçulmano (tá, quem atacou os EUA foram os afegãos, e a novela falava de marroquinos, africanos, mas até aqui muito pouco se havia falado do mundo muçulmano no ocidente).

Pouco tempo depois, no mundo só se falava dos muçulmanos, com foco no Oriente Médio, e livros como O Caçador de Pipas e O Livreiro de Cabul foram sucesso mundial de vendas.

- Em 14 de março de 2005, veio América. A novela retratava, entre outras coisas, a questão da imigração ilegal nos Estados Unidos, como era a vida dos imigrantes nos EUA, e tal e tal.

No mesmo ano, papocou no mundo o filme Crash!No Limite, vencedor do Oscar de Melhor Filme de 2006, que retratava, entre outras coisas, a questão da imigração ilegal nos EUA, como era a vida dos imigrantes nos EUA, e tal e tal.

- Agora, vem aí Caminho das Índias, que estréia dia 19 de janeiro de 2009, falando - ó, gênio, descobri sozinho - sobre o mundo indiano, país de detergente a emergente, como o Brasil.

Hoje, um fenômeno de vendas é o indiano Salman Rushdie (mentira, foi só porque eu conheci outro dia. Faz é tempo que ele rola no mundo XD), autor de livros como "Shalimar, o equilibrista" (?).

E Slumdog Millionaire - ainda sem tradução para o português? - venceu o Globo de Ouro de 2009, com boas chances de vencer o Oscar, retratando a vida de um jovem indiano.

Tenho medo da Glória Perez. Tará ela ligada no que é TEMDEMSIA TOTAU do mundo? Disseram o Afonso por aí, segundo a Rosa (não numa página que todo mundo possa acessar... cof cof tenho twitter) que Caminho das Índias e Slumdog são o hype de 2009, o que quer que isso signifique (muito bacana esse link-explicativo, confira).

domingo, 11 de janeiro de 2009

Coragem pra conseguir vencer

Veronica Guerin, jornalista irlandesa

Até que ponto estamos dispostos a lutar por aquilo em que acreditamos? Tá, a pergunta é meio complicada para se responder assim, sem preparação (e algo séria de mais para um blog de tosquices). Mas fiquei pensando nisso quando terminei de assistir ao filme O Custo da Coragem, ontem, no Corujão.

O filme, como o título em português sugere, retrata as conseqüências das reportagens da jornalista irlandesa Veronica Guerin (Cate Blanchett). Ela denunciou, em 1994, um esquema de tráfico de drogas no país, que eram consumidas, principalmente, por pessoas até 14 anos de idade (mesmo na ficção, não foi nada legal ver uma criança injetando drogas em si mesma).

Veronica sofreu várias ameaças - que puseram em risco, inclusive, a vida da própria família - foi baleada, espancada, mas não desistiu. Ela sabia da importância, tanto profissional quanto para a sociedade, em desmanchar a quadrilha de traficantes. Conseguiu. Resultado: foi assassinada em 1996 (tá, contei o filme todo. Mas aqui o que conta é a forma como os fatos se desenrolam. Assista, okioki?). Mas atingiu seu objetivo.

Acredito que o mundo de hoje não mais seja propício para o surgimento de novos "mártires". E nem deve ser uma coisa esperada (eu mesmo não tenho coragem de morrer por uma causa. E você?). O que se espera é que não se tenha medo de correr atrás dos sonhos, não importa o quão irrealizáveis eles possam parecer (e muitos o são, de fato).

Seguir um objetivo de vida é um caminho perigoso: se, por um lado, nos faz organizar a vida em prol desta causa, por outro nos faz, em certos momentos, perder a noção. Enveredamos em situações que nos fogem do controle, voamos alto, tudo parece mais difícil. Mas penso que vale a pena.

Quero ser um jornalista insolente. Não daqueles que fazem perguntas apenas para irritar, mas que faça perguntas para buscar aquilo que há de mais profundo e verdadeiro em um fato. Quero ter a capacidade, a boa malícia de não apenas contar histórias como elas acontecem, mas de também saber o que contar, o que e como procurar o "algo a mais", o diferencial das notícias.

Veronica Guerin morreu, e deixou o exemplo. Não quero ser tão extremado. Eu preciso de muita gente, e, creio, muita gente precisa de mim vivo. Vou atrás daquilo em que acredito. Já será uma contribuição e tanto.

Se ainda tiver saco depois de ter chegado até aqui, acompanhe uma das músicas finais do filme, "Fields of Athenry":



(Se preocupe não, leitor habitual, eu volto logo pras atividades de sempre. Vem aí BBB G e Caminho das Índias. Até).

sábado, 10 de janeiro de 2009

Na Terra Das Letrinhas

Eu fiz um projeto pra mim mesmo de assistir mais à TV Brasil (cult soo cult). Até agora, não me arrependi. Ontem à tarde, até a programação infantil foi show. Primeiro, o curta "Que Horas São?" Mas o que me chamou a atenção mesmo foi o desenho "Na Terra das Letrinhas". Acompanhe:



Esse não foi beeeem ao que eu assisti, mas deu pra ter uma noção. Achei uma sacada muito massa essa de colocar as palavras no lugar dos objetos que representam. Bem ao estilo Saussure (tow dizendo que tou virando cult...).

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Nos Tempos do Macacal - Parte 2

Teresina já foi cidade de interior , como qualquer outra. E nem foi num tempo tão, tão distante. O cidadão que me falou ontem acredita que "a maior mudança de Teresina ocorreu de uns 20 anos pra cá. Aqui era um mato, interiorzão mesmo. Eu me lembro do tempo do Macacal..."

Ao que outro interrompeu: "Hhuahuahauahauhaauhauhaauhauh! Isso ainda hoje é motivo de briga! Você sabe onde fica o Macacal?"

Não, respondi.

O cidadão continuou:"O Macacal é onde hoje se chama Bairro São João. Meu amigo, até os mais novos, que não eram desse tempo, se você chamar o São João de Macacal, vão querer lhe dar uma pisa! Olhe, no meu tempo, a gente ia prumas festas lá, era bom demais! Eu tinha duas bicicletas, uma pra ir pro trabalho, outra pra ir pras festas.

Lá foi o primeiro lugar aqui em Teresina que eu vi ter aqueles negócios de enganchar a bicicleta [aqueles, que têm o formato da roda, você engancha a bicicleta e coloca o cadeado, entendeu? Nem eu! Só vendo pra saber.]. Aí nós se arrumava, marcava com umas meninas, e íamos pra lá. Agora, pense numas mulheres zangadas! Se a gente tava com elas e saía de perto, e demorava a voltar, elas iam lá nas bicicletas, com um canivete, e furavam os pneus das bicicletas. hahauahuaauhauahauhauhaauhauhauh!"

Depois eu falo mais das peripécias desse indivíduo...


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Nos tempos do Macacal - Parte 1

Albertão em 1973

Lembram daquilo que eu disse, que sou um diário descartável, que onde eu ando as pessoas vêm me falar da vida delas? Pois é, e eu, de mané, não pego o nome delas pra colocar no post sobre. Mas tudo bem. Meu "entrevistado" de hoje disse que era jogador de futebol aqui em Teresina nos anos 1970. Olhem a primeira parte do que ele me disse:

[Questionado por outro "diário ambulante" se era jogador de futebol]: "Como você sabe? Só pela batida da mão? [ele batia as mãos na mesa ao ritmo de uma música que tocava, uma marchinha de carnaval] Pois é, fui jogador aqui. Só parei porque meu joelho não agüentou. Fui jogador do tempo que futebol não dava dinheiro. Sim, porque hoje futebol é uma coisa muito doida, nego aí ganha dinheiro a balde.

Mas não aqui no Piauí, interrompi.

Retrucou: "Não, mas eu falo é de Sul e Sudeste. Lá, sim, tem dinheiro pra eles de mais. Futebol não é ilusão, futebol é dinheiro. Olha, no meu tempo, eu jogava no Fluminense [de Teresina], e eles queriam me pagar com o que hoje seria mais ou menos uns trezentos reais. Mas eu tinha que trabalhar como marchante, sendo estivador num comércio, porque era esse comércio que era dono do time. Lá eu carregava sacos e mais sacos o dia todo na cabeça, e jogava de graça pelo Fluminense no fim do dia.".

Mais à frente: "Aqui já teve muito nego bom de bola. Os times não faziam feio. Tinha Fluminense, Botafogo, Tiradentes. Esse Tiradentes já jogou pau a pau com os times do Sul e do Sudeste! Internacional e Tiradentes no Beira-Rio? 2 X 1 pro Inter, mas ô jogo roubado! Tiradentes e Vasco em São Januário? 3 X 1 pra nós [não se sabe quando foi isso, mas...]! O Corinthians veio pra cá? Perdeu também [ele só omitiu o fato de que o Corinthians deu de 10 X 1 no jogo de volta em São Paulo]! O nego Pelé, quando chamaram o Santos pra vir pra cá, não quis descer do avião. O Alberto Silva só fez mandar voltar o time todo! 'Se o Pelé não jogar, ninguém joga'!"

"Agora hoje? O Flamengo vai lá pra Copa São Paulo, só pra pegar taca! Porque não tem quem invista! Esse Elizeu aí mesmo, do River, agora que é deputado podia fazer alguma coisa pelos times daqui, será que faz?"

Continua... Na parte 2, eu falo do Macacal.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Marcas do que se é

Bomba! Há matérias pagas no jornalismo piauiense! Tá, isso não tem nada de novo, obedece aos critérios financeiros-mercadológicos de cada empresa, é normal e até aceitável em alguns segmentos. Certo. Mas se valer disso pra deixar o espectador menos informado é mólecagem.

Estava eu assistindo ao Piauí TV Primeira Edição de Sábado, 03 de janeiro de 2009, aí vem uma inocente chamada: "Cinema e locadoras são opções de lazer pras férias em Teresina". Ok. Aí, em determinado ponto, vem a seguinte fala: "NOS CINEMAS DE TERESINA, o filme mais procurado é o argentino (chama espanhol, disse a Rosa) REC, um suspense envolvente. Além dele, estão em cartaz os filmes Calouros em Apuros, Jogos Mortais V e 007 - Quantum of Solace". 

E o que foi aquela fila de gente que eu vi para assistirem a Crepúsculo? Figuração para propaganda? Dizer que "neste cinema de Teresina o filme mais procurado" seria bem mais adequado. Mas não. Como ninguém ia atrás disso mesmo, foi mais fácil vender essa idéia. Só não me senti desinformado porque sabia do que se passava. Outras fontes de informação se fazem necessárias. (nossa, que exagero por causa de uma inocente matéria, não é verdade?). E tenho dito. 2009 já me chega com uma dessas...o ano promete.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Chegou a hora de recomeçar...

Sempre me dá essa vontade de postar uma mensagem de reflexão no começo do ano. Sei lá, palavras não mudam coisa nenhuma se não tiver ninguém que as torne realidade, mas servem para nos estimular. Mesmo que isso não mude a realidade de ninguém, resolvi postar esse vídeo, com letra abaixo. Sempre acho esses vídeos muito terroristas e dramáticos, mas são verdade, então podem ser postados. Acompanhem.




Meu amor,
Os ônibus estão em chamas
Tem gente pegando fogo.

Meu amor,
Quando chove no verão
E sempre tem desabamento.

Meu amor,
De onde vem a ignorância
Dentro dessa confusão?

Meu amor,
Enquanto isso no congresso
Eles roubam o país.

Certamente eles não vão querer
O progresso da nação
E não dormiremos em paz
Enquanto houver injustiças
Não dormiremos em paz
Enquanto houver desisgualdades.

Meu amor,
Tem gente passando fome
Muitos em total miséria.

Meu amor,
Se o estado é negligente
Quem toma conta da gente?

Meu amor,
As crianças sem escolas
Poucos são os hospitais.

Meu amor,
Quando falta educação
Como vocês querem paz?

Certamente eles não vão querer
O progresso da nação
E não dormiremos em paz
Enquanto houver injustiças
Não dormiremos em paz
Enquanto houver desisgualdades.