Tudo que eu queria ter era mais tempo. Um dia de 48 horas bastaria. Para descansar. Para escrever artigos. Para refletir. Deixo mais uns versos na falta de algo melhor:
Soneto ao descompasso do amor (com o tempo)
Eu te levo para um mar de rosas,
Sei que isso te parece antiquado.
Mas esse é o dom de amar e ser amado:
Fazer coisas acima de todas as coisas.
Vem, que o bonde elétrico nos espera,
Vamos ver o sarau no anfiteatro,
Colher flores nas praças, é primavera,
Mas antes que encerre o último ato.
E quem sabe ao cessar do arrebol
Eu trêmulo toque a tua mão
E a aperte segura junto à minha
Fiquemos extáticos à luz do farol
Com o peito que não cabe no coração
Só nós dois, e a luz que nos ilumina.
17/11/2005
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