Farol dos olhos de faróis acesos
Espreitando avenidas de palavras
Displicentes, sem ordem de frase,
Absolutas, inexplicáveis, inúteis.
Escondido entre janelas, discretíssimo,
O espião sintático de minhas palavras
Procurando os sentidos de confissões
Absorvidas em preces, orações,
Versos estúpidos em vozes pagãs.
Deixei meu canto para os analistas,
Psicólogos da fala, os artistas,
Que observam cada valsa,
Que admiram o cadafalso
De palavras resistentes ao tempo,
Palavras ao vento, sobreviventes.
Em 14/10/2006
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