"Eu não sou uma mocinha da novela das oito, eu sou um ser humano real, e como qualquer um, eu quero ficar na casa" (Bianca, a 5ª eliminada do 888 B).
Ow, zenti, esqueceram de dizer pra beshinha que Big Brother não se ganha sendo alguém de verdade...
O Homo Big Brothius (ou "El Hombre Gran Hermanicus", na versão paraguation), para vencer a disputa, tem que ser uma figura singular. Nada de tentar ser muito verdadeiro não. Aquilo ali é ficção, pura ficção.
Acredito que boa parte do público vê o programa como uma novela. Nas palavras precisas do Lima Duarte, "as pessoas gostam de novela como uma fuga da realidade, uma alternativa à rotina, ao cansativo dia-a-dia. Querem ver algo heróico, alguém que gostariam de ser, ou que valorizam". Nas palavras do Neto, ex-dono de locadora de DVD´s em Piripiri, ignorante que só ele: "Quer ver realidade? Vai ver jornal (será?), ou um filme de drama!".
Se o poeta vivo fosse, definiria assim o participante desses programas:
"O homo big brothius é um fingidor,
Finge tão completamente,
Que chega a fingir que é ator,
Um ator que deveras mente".
Alguns vencedores despertaram a pena do povo, é verdade: "Ow, pobezim, merece ganhar". Mas a maioria venceu por ser carismático, por ter algum valor que de certa forma atraía o público. E nada de confundir mentira com intriga e falsidade: os perseguidores sempre se deram mal, e os que agiram em "legítima defesa" sempre obtiveram maior sucesso. Fingir sim, mas com estilo, ok, winners-wannabe?