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segunda-feira, 24 de março de 2008

As várias estações da Malásia

O pit-stop dos três primeiros colocados: Raikkonen (no alto), Kubica (intermediário) e Kovalainen (em baixo).

Em comparação com o surreal Grande Prêmio da Austrália, a corrida em Sepang foi algo enfadonha; mas, apesar de morna, ela nos proporcionou impressões que podem marcar a temporada 2008 da Fórmula 1.

No calor da Malásia, a Williams mostrou que a ótima arrancada da primeira prova ficou mais pra fogo de palha; o desempenho de Rosberg e Nakajima ficou muito aquém do exibido em Melbourne, então devemos ter cautela quanto à ressurreição da escuderia britânica.

Por falar em cautela, esta atitude fez falta ao esquentado Felipe Massa; o brasileiro rodou sozinho, abandonando a prova, e, em vez de ter a humildade de assumir os problemas enfrentados com o fim do controle de tração, preferiu resmungar e encontrar "algo estranho" no carro da Ferrari para justificar sua saída prematura do GP.

Se ele quer culpar alguém, culpe aquela brita criminosa que atrapalhou seu retorno à pista, ou mesmo a estratégia de sua equipe, que retardou seu pit-stop para favorecer Kimi Raikkonen. A Ferrari não apresenta um carro bom como o do ano passado, nós sabemos; mas sabemos também que é sempre mais fácil responsabilizarmos os outros pelos nossos erros, Felipe.

Discreta, porém eficaz, foi a performance de Fernando Alonso; como uma árvore no outono - pois vive transição semelhante - o espanhol conduziu uma Renault ainda ressacada dos fracos resultados de 2007 ao oitavo lugar, aparentando estar preparado para, em condições mais favoráveis, desenvolver todo o seu potencial.

Quanto à Lewis Hamilton, digamos que sua corrida foi como a chuva prevista para daqui a vinte minutos, mas que não veio. Seu quarto lugar não diminui o fato de, apesar do tropeço da equipe no pit-stop do britânico, ele ter feito uma corrida burocrática e sem emoção. O piloto frustrou as expectativas de quem apostou em um espetáculo que ele poderia proporcionar, pois largou em nono - devido a uma punição por atrapalhar a volta de Alonso e Nick Heidfeld no treino de sábado - e teria de fazer uma prova de recuperação.

Em compensação, o domingo foi primaveril para Robert Kubica e Heikki Kovalainen; Kubica fez uma corrida limpa e irretocável, confirmando a ótima fase da BMW-Sauber, chegando em segundo; Kovalainen, por sua vez, mostrou humildade o suficiente para, diante do inexperiente vacilo na Austrália, aprender com os erros e dar a volta por cima, conquistando o terceiro lugar. Um exemplo para os que buscam manter o seu lugar ao sol.

Por fim, tivemos Kimi Raikkonen: o finlandês jogou um balde de água fria em seus adversários e, com a impassibilidade que lhe é peculiar, conseguiu levar a - ainda pouco confiável - Ferrari ao lugar mais alto do pódio. Nem a fornalha de Sepang parece capaz de derreter a vontade do homem de gelo de chegar ao bicampeonato.

3 comentários:

Lígia disse...

gostei do texto! ^^
tão bom quanto a vitória do Kimi [que quando erra, assume] e o erro do Massa! XDD

Lígia disse...

ah, e o Nick Lauda chamou o Massa de desmiolado, uahsuahushau!

Lígia disse...

*Niki