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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

PARTE 2/3: A Ameaça Fantasma Contra-Ataca


Alonso, respirando os ares da vitória: ele ainda quer mais.
Foto: Gazeta Press

Dos anos 1990 para cá, poucos pilotos de Fórmula 1 conseguem sair de uma equipe de ponta para uma escuderia menor sem comprometer o próprio rendimento. O campeão Jacques Villeneuve só conseguiu a antipatia dos outros pilotos: ao sair também da Williams e ir para a estreante BAR, hoje Honda, nada fez além de ganhar a alcunha de "chicane ambulante" (alguém difícil de ser ultrapassado).

Já David Coulthard, com os títulos de "vovô" - dividido com Rubens Barrichello - e "playboy gente-boa", depois de Mclaren e Williams, é só uma peça figurativa à beira da aposentadoria. Mark Webber desperdiçou a chance de ouro depois da fraca passagem pela - adivinhem - Williams, e agora é mais um "leão de treino" da F-1. Com a vitória em Cingapura, Fernando Alonso mostra que ainda não quer se juntar a esse grupo.

A Renault de 2008 já não tem a qualidade e o rendimento que levaram o espanhol das Astúrias ao bicampeonato em 2005 e 2006 - em cima do lendário Michael Schumacher, frise-se isso. Com a saída dos pneus Michelin - o carro era projetado quase que exclusivamente em cima deles - e do controle de tração - um dos responsáveis pelas famosas "superlargadas" da equipe francesa - a escuderia ficou relegada a segundo plano. Salvo uma corrida boa aqui, outra acolá, hoje enfrenta uma fase ruim.

Mesmo assim, há finais de semana em que tudo parece conspirar a favor do talento. Definido por Alonso como "o melhor carro que recebi este ano", o Renault dele, nos treinos livres de sexta-feira, estava entre os mais rápidos.

O destino resolveu incrementar a consagração: na segunda parte do treino oficial de sábado, o carro de Alonso simplesmente parou, deixando-o na décimo quinto lugar.

Em que pesem os erros e infortúnios de seus adversários, podemos dizer que Alonso correu como há muito não fazia: arrojado quando teve que ser, cerebral quando precisou diminuir o ritmo, eufórico quando pôde comemorar. Ao sair do seu Renault, subiu no carro e bateu no peito, como se dissesse "Eu sou Fernando Alonso, bicampeão mundial de Fórmula 1, e ainda não desisti!".

Esta foi sua 20ª vitória, e 50° pódio. Números modestos diante de 800, o total de Grandes Prêmios de Fórmula 1 disputados até aqui. Mas são estatísticas que, diante da atual geração de pilotos, merecem respeito. E Fernando Alonso - que, com uma palavra, é capaz de promover a dança das cadeiras na F-1 - ainda parece querer mais.

4 comentários:

Lígia disse...

eu gostei da vitória do Alonso. E a Renault tá melhor que a Ferrari [/indignada].


acho que ano que vem ele continua na Renault mesmo, não tem nada que ele possa fazer agora que o Kimi renovou até o final de 2010.

Jorge André disse...

pois é, mas ele mostra que tamos aí, que não saiu da mclaren pra cair no ostracismo. in alonso i trust, fikdik

Naara Celestino disse...

[se inspirou em Bobbio o meninote...]

Rosa disse...

lígia, dizemporaí que esse contrato de 2010 do kimi foi mesmo pra ele começar a colaborar, pq se tiver de rescindir o santander paga a multa. tá vendo kimi, é isso que dá dormir demais! *indignada com o kimi