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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Felicidade Instantânea

O sorriso amarelo de Felipe comemorando a vitória: tudo passa.
Foto: G1/AFP

A temporada 2008 de Fórmula 1, mesmo para quem não acompanhou os áureos tempos de Alain Prost, Ayrton Senna e outros, já pode ser considerada uma das mais emocionantes de todos os tempos. Repleta de corridas emocionantes e imprevisíveis. Seu último ato só podia ser como se descreveu: espetacular.

Interlagos teve de tudo: chuva, rodada, pista seca, pista molhada, briga pelo título. Felipe Massa fez a sua parte: largou na frente, fez uma corrida impecável, venceu. O dever estava cumprido. Restava esperar os deslizes de Lewis Hamilton.

O inglês da McLaren, porém, se em 2007 pecou pelo excesso, esse ano se mostrou bastante cauteloso. Nada de sobressaltos, manobras arriscadas, disputas de posição. Como se guiasse em uma eterna última volta, sua performance foi na ponta dos dedos o tempo todo. Viu o título escapar, quando foi ultrapassado por Sebastian Vettel, da STR. Os fantasmas pareciam assombrá-lo novamente.

Porém, como antes dissemos, o piloto a cada dia se assemelhava a Michael Schumacher, inclusive na sorte. Depois de uma estratégia mal elaborada, Timo Glock, de pneus de pista seca em uma pista escorregadia, simplesmente desacelerou o carro a duas curvas do fim da prova. Lewis, que era o sexto colocado, passou o alemão da Toyota, e o título, que já estava nas mãos de Felipe e da torcida brasileira, subitamente retornou às mãos de Hamilton.

Felipe chorou ao saber do resultado. Essa atitude certamente teve um misto de sensação de dever cumprido, decepção e uma pontinha de mágoa. Mágoa com a equipe Ferrari, que, mesmo com a comédia de erros, provou que tinha um carro excelente, a ponto de ver um de seus pilotos brigar pelo título até a última curva do campeonato.

A temporada de emoções passageiras chegou ao final. Lewis foi campeão, mas não é nada além do homem a ser batido em 2009. É imprudência, diante dos talentos da nova geração, alçá-lo ao posto de fenômeno, de ícone. Ele é apenas mais um bom piloto, fabricado para correr.

Felipe Massa, se contar com uma Ferrari mais experiente - Stefano Domenicalli tem muito que aprender - pode figurar entre os que disputarão o título em 2009. Kimi Raikkonen, se voltar a ter pulso de comandar seu próprio carro, também entra nessa briga.

A BMW-Sauber ainda precisa de um piloto de real referência - Kubica ainda está longe disso - para convencer. E Alonso, a ameaça fantasma, mostrou que, mesmo em uma equipe irregular como a Renault - que ele ajudou a dar um salto de qualidade - ainda tem braço para assustar os adversários.



2 comentários:

Jorge André disse...

Mesmo com um atraso fenomenal, e mesmo sem ter assistido à corrida, deu até pra enrolar bem, ein?

Lígia disse...

eu já ia perguntar se tu já tinha visto a fita da Rosa... XD


mas é isso, o final foi emocionante mesmo. E o Massa foi passar a mão no Kimi pra pegar a sorte dele, acabou levando o azar... Acho que ano que vem vai ser bem mais equilibrado, mas eu bem que ia gostar de ver o Kimi campeão antecipado no Brasil, no dia seguinte ao aniversário dele! \o/


e, pra não perder a piada, Felipe Massa tenta agredir Glock:
http://br.youtube.com/watch?v=_-ksk6IPGMA