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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Relações que mudam o mundo - Parte 2

Melhores álbuns de 2008:

Quem acompanhou ano passado, sabe que eu, assim que nem que o Noé da Arca, selecionei um par de músicas dos melhores álbuns de 2007, porque ouvia tudo ou no CPU ou no CD Player. Agora, cheguei na era mp3, posso me dar ao luxo de dizer quais os melhores ÁLBUNS COMPLETOS BAIXEGRATIS EM

Acompanhe a relação e um breve comentário:

Cansei de Ser Sexy - Donkey (pra não esquecer deles de novo XD): O jumento é bom, o homem é mau. Léguas além do álbum que tinha Alalalalalalala. Destaque para Move (*0*), Beautiful Song e Air Painter.

Hot Chip - Made In The Dark: viciante. Passei semanas e mais semanas tentando definir qual o refrão que mais grudava na minha cabeça: se era o de Ready For The Floor ou o de One Pure Thought. Destaco ainda Hold On, com aquela batida disco contagiante coisinha tão bonitinha do pai.

Moptop - Como Se Comportar: esse quase não entra na minha lista, porque eu nem sabia que era desse ano risos. Uma das melhores bandas de indie rock brasileiro, na minha opinião que conta muito. Gosto de Moptop porque eles não inventam: o rock contemporâneo tem aquele toque The Strokes na guitarra? Pois vamos lá. Tem letras ao melhor estilo aproveite-que-o-momento-é-só-um? Eis-me-aqui, Senhor! Mas também letras de amores perdidos, de caras sem rumo a seguir, cheios de conflitos internos? Ói eles aí ´tra veiz! As boas: Aonde Quer Chegar, Contramão, Como Se Comportar, Eu Avisei.

N.E.R.D - Seeing Sounds: música de mano também rolou no meu mp3. E N.E.R.D fez bonito: ele chega quebrando tudo com Everyone Nose, alivia um pouquinho com Spaz, agita de novo com Kill Joy e me mata de vez com a glamourosa You Know What (que a galere do Radiando conhece muito bem, né mesmo? fikdik). Precisa dizer mais?

Santogold - Santogold: a cantora mais black-mesmo-que-negue-até-a-morte arrebentou em seu álbum de estréia. Apesar de negra, Santogold buscou firmar seu nome como artista de pop. E, pra mim, conseguiu. You´ll Find a Way tem duas versões no álbum, mas é uma música que, até em swingueira (menos, blogueiro) fica excelente. Say Aha faz meu corpo tremer ao som da batida (nem queiram imaginar a cena lastimável de mim dançando). Creator, mesmo com as ressalvas (né, nigga brothers do nosso amado Radiando?), é contagiante. Recomendável.

The Last Shadow Puppets - The Age Of The Understatement: indescritível. Uma viagem pelo passado. Você pode é não saber de onde vem, mas a primeira impressão que se tem ao ouvir o projeto paralelo de Alex Turner, do Arctic Monkeys, e Miles Kane-who, do The Rascals, é que você já escutou aquele som em algum lugar so, so far away. A perfeição com que eles conseguem unir orquestras ao novo e bom rock and roll nos envolve e nos faiscina. Pra ouvir sem passar nenhuma faixa. Mas destaco: STANDING NEXT TO ME, The Chamber, Calm Like You, Only the Truth, Black Plant.

Kaiser Chiefs - Off With Their Heads: eu tinha certo pé atrás com Kaiser. Essa bicha, quando tá quente, é um horror. Geladinha até que desce. (tá, tá bom, péssima piada). Falando sério (como se eles precisassem que fôssemos sérios), esse álbum é tão bom que me levou a procurar o primeiro da banda, e a ouvir com mais atenção o segundo, que eu só gostava de Ruby e Love´s Not a Competition. O melhor dos três, no entanto, é mesmo esse de que vos falo. Curtinho, bacaninha, sem tempo pra música enche-lingüiça, inicia arrepiando com Spanish Metal, passa por Never Miss a Beat, alopra com You Want History, joga pra cima bate na palma da mão se joga com Good Days, Bad Days, emociona com Always Happens Like That, e corta o coração com Remember You´re A Girl. Show!

Little Joy - Little Joy: hermaníaco que sou (foi mal, Marcelo, mas nem deu pra te colocar aqui, cara), não podia deixar esse de fora. Mentira. Mesmo quem detesta a depressão-feliz de Los Hermanos teve que se render aos encantos de Rodrigo Amarante e novas companhias. Como se fosse recém-tirado de um filme daqueles bem antigos, que as músicas rolam naquela boa jukebox, Little Joy faz jus ao título: são realmente momentos de pequeno prazer. Destaques: Next Time Around, No One´s Better Sake, Keep Me In Mind, How To Hang a Warhol, Don´t Watch Me Dancing e Evaporar.

Marcelo D2 - A Arte Do Barulho: ah, gente, já fiz uma resenha enorme desse álbum antes. Querem mesmo que eu diga mais? Pois eu digo: ouçam à vontade. Vale a pena.

Megapuss - Surfing: difícil. Coisa de maluco mesmo. Na sensata opinião da Lígia, "parece que eles fazem questão de rir, de debochar da própria música. Parece que não se levam a sério". Mas grudam na cabeça que é uma beleza. E me fazem dar razão ao Demolidor de Sylvester Stallone: "um dia, nossas músicas preferidas serão jingles de propaganda". Destaques: Duck People, Duck Man, To The Lovin Within, Adam and Steve, Theme From Hollywood, Mister Meat e Another Mother.

Black Kids - Partie Traumatic: só me faz pensar que eu nasci na época errada. Anzoitenta come solto aqui, e eu viajo junto nesse balão. Superfantástico. Destaques: Listen to Your Body Tonight, Hurricane Jane, I´m Making Eyes At You, Love Me Already, I´ve Understimated My Charm (again).

MGMT - Oracular Spectacular: esse parece que foi mesmo o meu ano de psicodelia. Sabe aquelas músicas que você ouve indo em plenas duas horas da tarde a pé pro Teresina Shopping depois de descer na parada errada, mas que te fazem seguir em frente todo felizão? Pois MGMT operou esse milagre comigo. MGMT is WNDRFL! Destaques: Time To Pretend, Weekend Wars, The Youth, Of Moons, Birds and Monsters e Handshake.

The Killers - Day And Age: pode não ser o melhor álbum do The Killers. Mas, ainda assim, merece ser ouvido. Brandon Flowers começa desafiando o ouvinte com Losing Touch ("vá dizer pros seus amigos que eu estou perdendo o jeito"), só para enganar(mesmo com isso, é uma das melhores). Human e Spaceman tratam de desfazer essa primeira impressão. Day And Age é um tanto irregular, mas consegue nos premiar com jóias do quilate de Goodnight, And Travel Well, A Crippling Blow e Forget About What I Said. Ouça e tire suas conclusões.

Detonautas Roque Clube - O Retorno de Saturno: Sim, senhor! O rock-Malhação também tem espaço aqui. O álbum traz o mesmo título de um CD do extinto No Doubt. E mostra um Detonautas mais amadurecido, sem os exageros dos primeiros discos. A música-título, pra mim, é uma das melhores composições do rock nacional em 2008. Destaco ainda Lógica e Enquanto Houver, uma canção que faz a gente pensar até em querer lutar por esse mundo.

Bem, é isso. Falta a enorme lista de filmes. Aguardem!

4 comentários:

Afonso disse...

Say Aha faz meu corpo tremer ao som da batida (nem queiram imaginar a cena lastimável de mim dançando).

Berenice, segura, nada-mais-me-lembro.

E eu tive que reler pra entender a piada do Kaiser, mas ri muito.

Ai, ai, vontade de copiar post...

Lígia disse...

eu disse aquilo sobre o Megapuss? =O

enfim, na minha opinião, os melhores álbuns de 2008 foram Off With Their Heads e Day & Age porque... foram os únicos que eu ouvi. =P

Jorge André disse...

Sabia que tu não ia se lembrar, Lígia. Tu naum diss com tooodas aquelas palavras, mas disse uma coisa assim quando eu te mandei um vídeo de Duck People, Duck Man. Licença poética ao estilo Capote.

2008 teve muito mais coisa, mas só me lembrei dos álbuns que estavam no PC XD.

Mas Say Aha não é mesmo a coisa mais legal de papai?

Lígia disse...

eu sabia que nunca teria dito uma coisa dessas. É muito sou-crítica-de-música pra minha capacidade. Mas lembro do vídeo e é tosco, realmente. =D