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"Você sabe o que eu quero dizer, não tá escrito nos outdoors. Por mais que a gente grite, o silêncio é sempre maior" (Engenheiros do Hawaii)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Decifrar a terra, conhecer os segredos da terra: Um turista na FERAPI

Eita, que eu tava devendo esse texto há séculos. Já perdeu até a validade.... Mas antes tarde do que mais tarde, né?

Pensem em um evento legal que foi a FERAPI – Feira dos Produtos da Reforma Agrária e Comunidades Quilombolas do Piauí – ocorrido de 25 a 28 de setembro de 2007, na Praça Pedro II, no Centro de Teresina. Não tive conhecimento oportunidade de ir às outras edições, mas sei que essa IV edição valeu à pena. Pode parecer um lugar-comum, chavão mesmo, mas eventos assim servem para valorizar nosso Estado e evidenciar as coisas interessantes que há de se ver nessa terra.

Uma pena mesmo eu ter aparecido lá apenas no último dia. Mas ainda pude ver muita atração bacana, graças aos folders, informativos e textos para divulgação que eu descaradamente coletei gentilmente recebi das pessoas que expunham seus produtos. Os organizadores me pediram para ser um multiplicador do que eu vi lá, eis-me aqui, senhor.

Descobri o Assentamento Saco do Juazeiro, povo brigão das redondezas de São Miguel do Tapuio que reivindicou seu pedaço de terra e hoje produz sementes alimentícias no semi-árido piauiense; tive contato com gente da Paraíba, demonstrando as potencialidades do restante do solo nordestino para saciar a nossa fome. Aprendi sobre iniciativas de se aliar o uso econômico da natureza com a preservação ambiental, como a Reserva de extração marinha do Delta do Parnaíba. Mirei-me no exemplo da mulher Dona Flor, valente proprietária do imóvel Gameleira, em Piripiri, covardemente assassinada por jagunços de sua região, que deixou para mais de 35 famílias um chão para chamarem de deles e produzir o próprio sustento. Enfim, foi uma aula de Piauí como nunca.

Disso tudo, percebi que precisamos cada vez fiscalizar mais as atividades estatais e cobrar que delas advenham resultados efetivos. Muito já tem sido feito, como atesta uma FERAPI dessas, é verdade; mas cabe a nós, cidadãos comprometidos com o nosso povo, dar a nossa contribuição, seja prestigiando o nosso produtor rural, seja criticando as ações remendadas da Administração Pública, seja agindo em favor dos movimentos sociais; só não vale cruzar os braços e achar que tudo está como devia estar, ok?

Não tirei fotos, minha câmera não existe estava descarregada. O único suvenir que eu arranjei, devido à liseira escassez de recursos, foi um palito do espetinho de lingüiça de cabra defumada, produzido em Novo Oriente do Piauí, o qual eu degustei na companhia de uma boa dose de Mangueira ganha no papo magro oferecida como brinde na barraca que a vendia (melhor dizendo, estande). Di-li-ça pura!!!


Sites relacionados:

www.caatinga.org.br - Centro de Assessoria e Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não-Governamentais Alternativas

www.cptnac.com.br - Comissão Pastoral da Terra

www.projetodomhelder.gov.br - Projeto Dom Helder Câmara

www.ligaoperaria.org.br - Liga Operária

www.incra.gov.br – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária


Temas para pesquisa:

Projeto Uma Terra e Duas Águas

Educação no Campo

Resistência Camponesa

Pedagogia da Alternância

P.S: Comprovem a criatividade do piauiense para aproveitar as potencialidades alimentícias do nosso Estado com essa receita de Creme de Carne de Caju (peça sempre a ajuda de um adulto responsável para fazer, ok?)

2 comentários:

Lara disse...

Não deu de ler bem a receita. mas deixa quieto, nem gosto de caju mesmo. u_u
Achei que o post foi perfeito para o dia do Piauí, Xóxi. Dá até vontade de ir também. ^^
Beijos~

Lara disse...

Virei mais vezes aqui, mas preciso atualizar o meu também. i-i