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segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O Efeito Alonso

Com a saída de Fernanado Alonso da Mclaren, a temporada 2008 pode perder em competitividade, e a dança dos cockpits passa a movimentar o circo da Fórmula 1

Após breve passagem pela Mclaren Mercedes, o espanhol Fernando Alonso, em decisão bilateral anunciada na última sexta, dia 02 de novembro, deixa a escuderia e, junto a isso, algumas incertezas. O futuro do piloto é desconhecido do grande público, e ainda não se sabe quem será seu substituto na equipe britânica. Com isso, está aberta a tempora da de especulações na F-1. Traços Esparsos entra na onda e dá seus palpites a partir de agora.

Referente ao destino do asturiano, as possibilidades se mostram até razoáveis: a Renault, a melhor opção para ele, a meu ver, supostamente apresenta deficiência de fundos, e não teria como recontratá-lo; outros dizem que o próprio Alonso descarta a escuderia francesa, pois eles o querem por três anos, e ele já teria um pré-contrato com a Ferrari para 2009 ou 2010.

Algumas equipes ditas oficiais e de ponta - como BMW e Ferrari - já confirmaram seus competidores para o ano que vem. As hipóteses mais relevantes para o piloto são Toyota, RBR Renault - a mais provável - e Williams - que não abre mão de Nico Rosberg, cotado para ir para a Mclaren; à exceção da Toyota, as outras duas equipes correm com motores "B" - daí serem chamadas de "não-oficiais".

Analisando o retrospecto dessas escuderias, vemos uma Toyota eternamente em busca de afirmação, mas nas pistas seus resultados são insatisfatórios; uma RBR com alguns bons desempenhos, mas incapaz de superar sequer a matriz Renault; entretanto, conta com a simpatia de Alonso, e seria uma equipe de transição até a ida dele pra Ferrari. A Williams, não fosse a avareza de Frank Williams, poderia render muito mais.

Qualquer dessas equipes oferece à Alonso um recomeço prejudicial, pois ele ainda sonha em ser tricampeão, e esse meio-tempo em uma equipe menor pode esfriar os ânimos do piloto. Vejam, por exemplo, Damon Hill, que na década passada entrou numa curva descendente quando saiu da campeoníssima Williams.

Afora os problemas do espanhol, olhemos para os demais pilotos: Hamilton é o que se pode chamar de piloto profissional, pago para correr e não para desenvolver carros; se o inglês depender de Pedro de la Rosa, Mika Hakkinen e da Mclaren para ter uma boa máquina para 2008, veremos algo parecido com a era pré-Alonso: um carro veloz, eficiente, porém sem confiabilidade (vulgarmente conhecido como "coelho").

Da BMW podemos esperar espetáculos de Kubica e corridas competentes de Heidfeld, e nada mais; a Renault, embaraçada com os pneus Bridgestone, vai muito mais lançar Nelsinho e outro piloto - pois Fisichella é dado como fora e Kovalainen pode ir para a Mclaren - do que brigar pelo título, caso não conte com Fernando.

A Ferrari, por seu turno, tem tudo para retomar a fase Schumacher; talvez os pilotos mais competentes e de melhores carros se encontrem na equipe italiana. Confirmado isso, esperem brigas caseiras entre Massa e Raikkonen, e os amantes desse esporte devem lembrar o quão enfadonha era a Fórmula 1 com a "disputa" interna de Michael e Rubens Barrichello. A diferença agora reside no fato de que nenhum dos dois pilotos é claramente favorecido pela escuderia de Mugello, o que na prática significa alternância nas dobradinhas, ora Felipe Massa na frente, ora Kimi.

Em meio a essas perspectivas, contudo, podemos destacar alterações reconfortantes: para 2008, estará extinto o uso do controle de tração, e aqueles que não tiverem braço para correr sofrerão com isso (o blogueiro que ora vos fala já jogou Fórmula 1 sem controle de tração, e parecia um patinador no gelo com sabão sob os pés). E a dança das cadeiras será interessante de ver. Acompanhe:

Alonso na RBR: sai Coulthard, em via de se aposentar. Entra Kovalainen ou Rosberg na Mclaren.

Alonso na Toyota: sai o já aposentado Ralf Schumacher. Na Mclaren, entram um dos dois acima mencionados.

Alonso na Williams: sai Nico Rosberg, com chances de ir para a Mclaren.

Kovalainen na Mclaren: entram Nelsinho e outro piloto na Renault, podendo ser Alonso (Fisichella está em via de aposentadoria, também).

Rosberg na Mclaren: ficam Alonso e Nakajima na Williams.
(meio confuso, né? Eu também!)

Embora a permanência de Alonso na Mclaren fosse boa para a disputa em 2008, a situação dele chegara a um ponto insustentável. Não havia mais clima para ele na equipe. E, apesar dos comentários algo pessimistas, e das dificuldades que certamente Fernando enfrentará, esperamos que o espanhol dê a volta por cima e trabalhe para, senão brigar pelo título, ao menos para incomodar as grandes escuderias no ano que vem.






Um comentário:

Lígia disse...

mas eu li hj que o Briatore arrumou um dinheiro com um mexicano pra levar o Alonso de volta. E o tal mexicano exigiu o Nelsinho na equipe. Alonso e Nelsinho?